Perícia mostra leve trajetória ascendente da bala que matou Nisman
Buenos Aires, 9 fev (EFE).- Uma nova perícia confirmou nesta segunda-feira que a bala que matou o promotor argentino Alberto Nisman entrou acima de sua orelha direita com uma “trajetória ligeiramente ascendente”, compatível com uma lesão auto infligida.
A bala atravessou o crânio com uma trajetória de menos de 30 graus, sem orifício de saída, provocando o que se conhece como “tatuagem de pólvora” (marca provocada pela deflagração e o calor), segundo detalharam fontes da investigação citadas pela agência oficial “Télam”.
Segundo especialistas consultados pela mesma agência, a arma não estava colocada diretamente sobre a têmpora, mas ligeiramente mais atrás – embora a investigação já tenha esclarecido que o disparo foi realizado a menos de um centímetro de distância -, motivo pelo qual será determinante averiguar se o tiro foi feito com a pistola de frente ou ligeiramente de lado para constatar a hipótese do suicídio.
A promotora da causa, Viviana Fein, prevê que no dia 18 de fevereiro estejam prontos os resultados do exame toxicológico realizado no corpo.
Nisman, encarregado da causa sobre o atentado contra a associação mutual israelita Amia, que deixou 85 mortos em 1994, morreu com um disparo na têmpora em circunstâncias ainda não esclarecidas, quatro dias após ter apresentado uma denúncia contra a presidente, Cristina Kirchner, por suposto acobertamento de terroristas iranianos.
Até agora o único acusado no caso é Diego Lagomarsino, o técnico em informática que trabalhava com o promotor e que lhe entregou a arma que acabou com sua vida e foi achada junto a seu corpo. EFE
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