“Pesadelo do Obamacare” está perto do fim, garante vice-presidente dos EUA
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, prometeu neste sábado (18) na Flórida que o “pesadelo do Obamacare está a ponto de terminar”, e que há mais republicanos a favor do novo plano sanitário.
Durante um discurso em Jacksonville, Pence afirmou que cada vez “mais e mais membros do Congresso” estão a favor do novo plano de saúde proposto pelo Partido Republicano, que substituirá a lei sanitária do ex-presidente Barack Obama (2009-2017).
“Cada dia que o Obamacare sobrevive é um dia que o povo americano sofre”, afirmou o vice-presidente, que manteve hoje um encontro com pequenos empresários e empreendedores. “O Obamacare falhou e deve acabar”, ressaltou ao afirmar que “praticamente todas as promessas” feitas quando a reforma sanitária de Obama foi promulgada foram “quebradas”.
A bancada republicana está negociando o conteúdo da proposta atual, impulsionada pelo presidente da Câmara dos Representantes para poder submetê-la a votação no plenário. “Só o ano passado, as gratificações do Obamacare subiram em média 25% em todo o país”, o que fez com que milhares de pessoas perdessem seus seguros de saúde.
Pence afirmou que na Flórida “as gratificações do Obamacare aumentaram 19% no ano passado, com alguns picos de quase 40%”, e por isso os empreendedores locais não podem arcar com as despesas que esta “fracassada” lei implica.
Uma pesquisa da Atlantic University Business and Economics Polling Initiative (FAU-BEPI) divulgada esta semana apontou que 46% dos residentes deste estado aprovam o Obamacare, contra 39% que desaprovam. Além disso, segundo um estudo divulgado recentemente pelo Centro de Trabalhadores de Miami, a revogação da lei sanitária impulsionada pelo ex-presidente deixaria 2,2 milhões de pessoas na Flórida sem seguro de saúde.
Pence garantiu que o projeto que propõe um novo plano de saúde e que está em debate no Congresso é um “grande passo na direção certa” e mostrou sua confiança que alcançaria o consenso dos republicanos.
Se for aprovada na Câmara dos Representantes, a proposta passará para o Senado, onde a maioria republicana é menos ampla e deve encontrar mais dificuldades. Segundo o Escritório não partidário de Orçamento do Congresso (CBO, em inglês), o plano republicano deixaria sem seguro 14 milhões de pessoas em apenas um ano, número que subiria para 24 milhões em uma década.
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