Pesquisa diz que aprovação de Bachelet é de 24%, a mais baixa de seu mandato
Santiago (Chile), 15 jun (EFE).- A aprovação à gestão da presidente do Chile, Michelle Bachelet, caiu um ponto, chegando a 24%, na última semana, a mais baixa desde que iniciou seu mandato em março do ano passado, conforme uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela empresa de consultoria Plaza Pública Cadem.
De acordo com os dados da pesquisa, a rejeição à governante subiu três pontos e alcançou os 65%, uma das taxas mais elevadas de seu segundo governo. Com este resultado, Bachelet voltou a ter às más avaliações que obteve no começo do ano devido aos escândalos de corrupção que afetaram às classes política e deixou para trás a subida que registrou depois do discurso presidencial de 21 de maio, quando reconheceu que o primeiro ano de seu governo foi marcado por escândalos políticos.
O apoio às reformas também alcançou as porcentagens de rejeição mais elevadas desde o início do mandato. Os piores níveis são para a reforma na educação, que é aprovada por apenas 22% dos entrevistados e desaprova por 69%. No ranking das reformas menos respaldadas há ainda a do trabalho, com 50% de desaprovação e 28% de apoio.
A pesquisa registrou ainda uma queda na avaliação do novo gabinete de Bachelet, que retoma aos níveis anteriores à mudança realizada pela governante, alcançando 18% de aprovação e 69% de desaprovação. O novo ministro da Fazenda, Rodrigo Valdés, é o que apresenta a maior rejeição, 45%.
“O novo gabinete tinha conseguido dar um respiro neste estado de ânimo negativo do país, mas isso infelizmente voltou a níveis pré-mudanças”, sustentou Roberto Izikson, gerente de assuntos públicos da Plaza Pública Cadem.
Para ele, a saída do ministro da Presidência, Jorge Insunza, envolvido em um caso de corrupção, acabou com a imagem que Bachelet tinha conseguido conquistar depois de modificar seu gabinete em 11 de maio. A já abatida expectativa do país – apenas 25% acredita que o Chile está em um bom caminho e 17% que a economia progride – se soma um aumento significativo nos níveis de insatisfação com a qualidade de vida atual.
O levantamento foi realizado nos dias 10, 11 e 12 deste mês, através de 520 entrevistas feitas por telefone e 205 feitas pessoalmente com pessoas maiores de idade de todo o país. A margem de erro é de 3,6% e o nível de confiança é de 95%. EFE
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