Pesquisa mostra divisão racial após morte de jovem negro por polícia nos EUA

  • Por Agencia EFE
  • 19/08/2014 15h22

Washington, 19 ago (EFE).- Após a morte de um jovem afro-americano por disparos de um policial em Ferguson (Missouri), 80% dos negros americanos dizem que a questões racial deveria ser debatida, algo que só 37% dos brancos do país apoiam, de acordo com uma pesquisa publicada nesta terça-feira.

A pesquisa do Pew Center, realizada entre quinta-feira e domingo passados com mil adultos de todo o país, revela que 44% consideram que este caso põe sobre a mesa questões importantes relacionadas com a raça, contra 40% que opinam o contrário.

Enquanto 47% dos brancos acreditam que o assunto racial está captando mais atenção do que merece, 65% dos afro-americanos pensam que a polícia foi “longe demais” em sua atuação frente aos protestos ocorridos após a morte de Michael Brown, que estava desarmado quando recebeu os disparos.

Entre os brancos há opiniões divididas sobre este último extremo: 32% estão de acordo com que a polícia foi “longe demais”, 33% são a favor da ação policial e 35% não quiseram responder.

Quanto à confiança na investigação do fato, os brancos têm três vezes mais confiança no processo do que o expressado pelos afro-americanos.

Entre os brancos, 52% se mostraram confiantes contra 18% dos afro-americanos.

Cerca de três de cada quatro afro-americanos (76%) assinalaram ter pouca ou nenhuma confiança na investigação, enquanto 45% disseram não confiar em absoluto.

Também há diferenças na maneira de pensar sobre o caso Brown entre que são seguidores do Partida Democrata e os que são republicanos, sejam negros ou brancos.

Entre os democratas, 68% consideraram que o caso Brown revela importantes questões raciais que devem ser discutidas, enquanto 21% acreditam que está dando ao tema mais atenção do que merece.

Entre os republicanos, 61% acham que está dando à questão racial mais atenção do que merece, contra 22% que compartilham que há algumas questões raciais que têm que ser tratadas. EFE

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