Pesquisa mostra que 70% dos argentinos acreditam que Nisman foi assassinado

  • Por Agencia EFE
  • 21/01/2015 15h07
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Buenos Aires, 21 jan (EFE).- Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira mostrou que 70% dos argentinos acredita que o promotor Alberto Nisman foi assassinado, e mais da metade considerou que quem está por trás da morte é o governo, e para 82% a denúncia feita por ele contra a presidente Cristina Kirchner é “crível”.

O estudo, realizado pela empresa Ipsos e publicado pelo site “Infobae”, revela que 70% dos argentinos acredita que o promotor foi assassinado e 18% consideram que foi um suicídio.

Nisman, de 51 anos, foi encontrado morto no banheiro de sua casa na madrugada de segunda-feira, com um tiro na têmpora, horas antes de comparecer ao Congresso para informar detalhes de sua denúncia de que a presidente Cristina Kirchner teria acobertado em um acordo comercial os terroristas iranianos responsáveis pelo ataque ao centro judaico Amia, que deixou 85 mortos em 1994.

Segundo a pesquisa da Ipsos, 57% dos que acham que Nisman foi assassinado vê a mão do governo por trás, e os serviços de inteligência ficaram em segundo lugar, com 21%.

Entre os que acreditam que sua morte foi um suicídio, um em três opinaram que alguém pode ter o instigado a por fim em sua vida.

Só 18% dos entrevistados “não considera crível” a denúncia apresentada na semana passada contra Cristina por Nisman.

O promotor denunciou Cristina por considerar que o memorando de entendimento aprovado em janeiro de 2013 com o Irã incluía um acobertamento dos suspeitos do atentado contra a Amia em troca de relações comerciais e troca de petróleo por grãos em um contexto de crise energética na Argentina.

Consultados sobre a probabilidade de os culpados do atentado contra a Amia serem condenados, somente 8% acham que é “muito provável”; 27% “provável”; 45%, “improvável” e 17% “muito improvável”.

A Ipsos entrevistou 414 na região metropolitana de Buenos Aires em 19 de janeiro, mesmo dia em que Nisman foi encontrado morto. A margem de erro é de 4,9%. EFE

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