Pesquisador desenvolve “método único” para prever terremotos com confiabilidade de até 80%

  • Por Fernando Ciupka, Jovem Pan
  • 18/06/2014 18h38
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PETIT GOAVE, HAITI, 20-01-2010: Terremoto no Haiti: rachadura provocada por novo terremoto em Petit Goave, há 60 km da capital Porto Príncipe. (Foto: Alan Marques/Folhapress) Alan Marques/Folhapress Terremoto no Haiti

Os terremotos não são uma preocupação brasileira, mas em países localizados em cima das placas tectônicas, os abalos sísmicos são um grande problema. Prevenir esse tipo de tragédia é fruto do trabalho do pesquisador Aroldo Maciel. O método desenvolvido por ele, chamado de Monitoramento de Abalos Sísmicos, foi feito na análise de eventos passados.

“Foi feita uma pesquisa sobre terremotos que aconteceram de 2004 a 2010 e eu relacionei, em alguns terremotos, similaridades. Depois que eu vi que poderia ser uma boa estimativa entre os resultados, eu passei a plotar estes sismos. E todas as vezes que ocorria sismos em algumas regiões, eu twittava dizendo ter possibilidade em outras regiões”, contou o pesquisador.

Depois de um ano de pesquisas, Maciel tornou o método algo público e chamou a atenção de um doutor da Universidade de Brasília, acertando diversos eventos em vários países do mundo.

“Consegui chamar a atenção de um doutor da UNB com acertos do terremoto da Espanha, em 2012, da Turquia, da Costa Rica… e os grandes terremotos que ocorreram no Chile desde 2011, eu passei a compartilhar essas informações”, disse.

Segundo Maciel, o Monitoramento de Abalos Sísmicos era, até agora, único, e a confiabilidade se aproxima de 70% a 80%.

“A confiabilidade chega perto disso (…). Quando eu iniciei as postagens, ela estava perto de 70% a 80%. Foi isso que chamou a atenção mundial. (…) Essa confiabilidade veio por quê? Toda vez que a televisão dizia que ia tremer, depois de um e-mail meu, acontecia o terremoto e essa confiabilidade foi constatada”, explicou o pesquisador.

“Quando você pega uma sequência de terremotos, você analisa e vê que existe possibilidade de que esses eventos tenham um ciclo, e aí você constata que se tiver um terremoto em Chiapas, no México, possivelmente vai ter um terremoto na região de Valparaíso e isso acontece, duas, três, quatro vezes, (…) é eficaz”, completou.

Confira no áudio acima a entrevista completa com o pesquisador Aroldo Maciel.

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