Pessimistas no Brasil estão condenados a perder, afirma Armando Monteiro

  • Por Agência Brasil
  • 18/08/2015 20h51
Antonio Cruz/Agência Brasil ministro do Desenvolvimento

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, disse hoje (18) que, a despeito de um clima “pessimista” quanto à economia brasileira, as empresas internacionais observam o Brasil como um grande mercado consumidor e que, por isso, passam a mensagem ao governo de que mantêm a confiança no país. Segundo ele, os investidores estrangeiros olham o Brasil “para além das dificuldades conjunturais” e consideram que o “grande ativo” do país é que ele tem “um dos mais importantes mercados do mundo”.

“Em contato permanente, como temos mantido, com grandes empresas operando no Brasil, a mensagem que temos recebido, de forma clara, é da manutenção da confiança, dos programas de investimento, que estão sendo mantidos e ampliados. Eu acho que, no Brasil, os pessimistas estão sempre condenados a perder”, disse, em entrevista à imprensa no Palácio do Planalto.

Armando Monteiro reconheceu a necessidade de ajustes na economia, mas ressaltou que a mensagem é de confiança. “A economia precisa promover reequilíbrio exatamente para que se possa retomar crescimento em bases sustentáveis. Mas não tenho dúvida nenhuma de que o Brasil é, e será sempre, receptor de investimentos porque o mundo olha o Brasil como grande país e grande mercado.”

O ministro acompanhou a presidenta Dilma Rousseff no encontro com empresários do setor de brinquedos. Diferentemente de outros setores, que enfrentam demissões e queda nas vendas, a indústria dos brinquedos aumenta cada vez mais a produção. De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista da Costa, nos próximos anos, serão investidos mais R$ 1 bilhão na ampliação da capacidade produtiva do setor, que não demite há cinco anos e não fecha nenhuma fábrica há seis.

Segundo o presidente da Abrinq, o governo deveria estender o prazo do pagamento de tributos, já que a cadeia de produção é longa, e o tempo para pagar impostos é menor que o de comercialização. Ele disse que isso significa “injeção na veia de produtividade”. Synésio afirmou ainda que pediu à presidenta o fim das vantagens concedidas a importadores que subfaturam os brinquedos.

De acordo com ele, o principal motivo do encontro com a presidenta foi comemorar a venda de 500 milhões de brinquedos desde o início de 2011, quando Dilma assumiu o governo. A marca foi registrada no último dia 30 de junho. Synésio disse que celebrou também o fato de o Brasil ter promovido a produção conjunta de brinquedos nos países do Mercosul.

“O programa de integração permitiu que houvesse redução de custos. É uma política comandada pelo Brasil, o maior mercado, e que tem o maior número de fábricas”. Segundo Synésio, o objetivo da indústria de brinquedos é ter uma participação no mercado brasileiro de 70% em 2021 – atualmente o índice está em cerca de 50%. Com 318 fábricas no Brasil, a Abrinq estima garantir 10 mil novos postos de trabalho até o fim do ano.

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