Petrobras nega intenção de vender parte de sua distribuidora de combustíveis

  • Por Agência EFE
  • 29/05/2015 13h46
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Edifício sede da Petrobras na Avenida Chile Fernando Frazão/Agência Brasil Sede da Petrobras no Rio de Janeiro (AGBR)

A Petrobras informou nesta sexta-feira (29) que o plano de desinvestimentos de US$ 13,7 bilhões anunciado há dois meses não prevê a venda de parte de sua distribuidora de combustíveis.

“Não há decisão sobre desinvestimento relacionada ao ativo Petrobras Distribuidora”, informou a companhia em comunicado, em resposta às notícias divulgadas pela imprensa local sobre a venda da subsidiária para combater os problemas financeiros.

De acordo com reportagem publicada hoje pelo jornal “O Globo”, a Petrobras estuda vender entre 10% e 30% de sua participação na Petrobras Distribuidora (BR) por meio de uma oferta de ações na bolsa de São Paulo para arrecadar parte dos recursos necessários para financiar suas operações.

A BR, uma subsidiária da companhia estatal, é a maior distribuidora de combustíveis do Brasil, com 30% de participação no mercado, e conta com 7.900 pontos de venda no país.

O plano de desinvestimentos que a Petrobras promoverá entre 2015 e 2016 gerou várias especulações sobre os ativos que a companhia petrolífera pretende se desfazer. Até agora, os rumores não tinham sido desmentidos oficialmente pela empresa.

Segundo algumas versões, a Petrobras também avalia a venda de parte de suas concessões no pré-sal.

A Petrobras apenas esclareceu que os 30% dos ativos que serão vendidos pertencem às áreas de exploração e produção no Brasil e no exterior, outros 30% ao setor de abastecimento e 40% ao segmento de gás e energia.

O plano de desinvestimento é uma das estratégias da empresa para buscar recursos após as dificuldades encontradas no mercado após a deflagração da Operação Lava-Jato. Os desvios causados pela corrupção geraram perdas de US$ 2 bilhões à companhia, segundo cálculos divulgados pela própria Petrobras.

A perda da credibilidade prejudicou a captação de recursos da empresa no exterior. Por isso, a Petrobras foi obrigada a reduzir seus investimentos nos próximos anos, algo que provocou também uma redução do valor de mercado da companhia. 

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