Petrobras suspende operações em plataforma por problemas de segurança

  • Por Agencia EFE
  • 20/03/2015 23h51

Rio de Janeiro, 20 mar (EFE).- A Petrobras informou nesta sexta-feira que suspendeu suas operações na plataforma marítima P-58, localizada na Bacia de Campos e na qual extrai diariamente 106.000 barris de petróleo, para garantir a segurança na estrutura.

A estatal afirmou que a paralisação não programada foi necessária para uma manutenção preventiva e para melhorar a eficácia operacional de alguns sistemas, como forma de atender diferentes orientações de segurança.

Apesar de a companhia petrolífera não ter especificado os problemas que a obrigaram a suspender as operações, dirigentes sindicais disseram que a decisão aconteceu após a visita de fiscais da Agência Nacional de Petróleo (ANP) para verificar denúncias de que os operários trabalhavam sem todas as garantias de segurança.

A empresa, envolvida atualmente um gigantesco escândalo de corrupção, informou que está finalizando os preparativos para poder reiniciar as operações, mas se absteve de indicar a data em que poderá normalizar a produção.

A plataforma é uma das unidades produtoras mais importante da empresa em Campos, a bacia marítima no litoral do estado do Rio de Janeiro responsável pela maior parte do petróleo extraído pelo Brasil.

Segundo um comunicado da empresa, desde que entrou em operação, em 17 de março do ano passado, a plataforma P-58 não registrou nenhum acidente que lhe obrigasse a paralisar as operações ou qualquer incidente com impactos ambientais.

A suspensão das operações nesta plataforma acontece menos de um mês e meio depois que uma explosão em outra plataforma marítima por razões ainda não estabelecidas provocou a morte de nove funcionários da Petrobras e ferimentos em outros 33 que estavam na instalação.

O acidente ocorreu no dia 11 de fevereiro na sala de bombas do navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus, que estava ancorado no oceano Atlântico a cerca de 120 quilômetros do litoral do Espírito Santo e tinha 74 trabalhadores a bordo.

As operações desta plataforma, uma embarcação adaptada para extrair e armazenar hidrocarbonetos e que produz 2,2 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, estão interrompidas desde o acidente. EFE

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