PF indicia Vale, Samarco e VogBR e mais 8 pessoas por tragédia de Mariana

  • Por Jovem Pan
  • 09/06/2016 21h23
Bombeira busca sobreviventes próximo a vaca morta EFE Veja mais imagens da destruição causada por rompimento de barragem em Minas

A Polícia Federal indiciou, nesta quinta-feira (09), oito pessoas e três empresas no inquérito que apura os crimes contra o meio ambiente e danos ao patrimônio histórico após a tragédia de Mariana. As três empresas citadas são: Vale, Samarco e VogBR.

Após sete meses do desastre ambiental com o rompimento da Barragem do Fundão, da mineradora Samarco, as investigações chegaram a ficar paradas por dois meses, pois aguardavam que o Suprerio Tribunal de Justiça decidisse sobre a competência para o julgamento do caso. Mais tarde determinou-se que a competência para o julgamento era federal.

Na conclusão do inquérito, a PF apontou entre os fatores causadores do rompimento: falta de drenagem de água, falha no monitoramento da estrutura, equipamentos com defeito e elevada saturação dos rejeitos de minério.

Segundo a Polícia Federal, nenhum pedido de prisão preventiva foi feito contra os suspeitos, pois ficou entendido que nenhum oferece risco de fuga.

Ainda de acordo com o inquérito divulgado pela PF, 1.176,44 hectares de mata, sendo 774,23 hectares de áreas de preservação permanente foram devastados.

A barragem se rompeu no dia 05 de novembro do ano passado e deixou 19 mortos, sendo que um continua desaparecido. A lama destruiu o distrito de Bento Rodrigues e afetou Águas Claras, ponte do Gama, Paracatu e PEdras, além das cidades de Barra Longa e Rio Doce. A devastação chegou até memso a 40 municípios dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

Vale

A Polícia Federal anunciou nesta quinta-feira, 9, o indiciamento de um funcionário da mineradora Vale dentro do inquérito que apura o rompimento da barragem da Samarco – controlada pela empresa e pela BHP Billiton. O acidente ocorreu no município de Mariana (74km da capital) no dia 5 de novembro do ano passado.

O executivo da empresa que teve indiciamento anunciado nesta quinta é o responsável pelo complexo de Alegria, próximo à barragem de Fundão. A Vale enviava rejeitos para a represa, conforme as investigações da PF.

A Vale afirmou, por meio d enota, que “repudia com veemência o indiciamento” e disse que a empresa “jamais teve qualquer responsabilidade pela gestão da Barragem de Fundão”.

Samarco

Por meio de nota, a empresa disse ter tido acesso às conclusões do inquérito juntamente com a imprensa.

A Samarco afirmou ainda que “sempre operou com altos padrões de segurança em todos os seus processos e mantém todos os seus monitoramentos em linha com as exigências legais e com as melhores práticas do mercado internacional de mineração”.

VogBR

A empresa afirmou não ter tido acesso ao inquérito e que, por isso, não comentaria o caso.

*Com informações de Estadão Conteúdo e UOL

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