PIB alemão se retrai no segundo trimestre
Berlim, 14 ago (EFE).- O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha se contraiu 0,2% no segundo trimestre em comparação com o trimestre anterior, divulgou nesta quinta-feira o Escritório Federal de Estatística (Destatis).
Os analistas e o próprio governo alemão já tinham antecipado nos últimos dias que a maior economia europeia tinha esfriado em relação ao primeiro trimestre, quando cresceu 0,7%, segundo os cálculos definitivos do Destatis, devido à incerta recuperação da zona do euro e a crise da Ucrânia.
No entanto, a taxa de evolução do PIB é pior do que havia sido estimada pela maioria dos analistas.
“Foram responsáveis pela ligeira contração do PIB no segundo trimestre, de acordo com os cálculos provisórios, o comércio exterior e os investimentos”, explicou o escritório no comunicado.
As exportações cresceram menos do que as importações entre abril e junho na Alemanha, o que fez com que o setor exterior contribuísse negativamente para o crescimento, algo incomum na economia alemã.
Os investimentos – especialmente em construção – diminuíram drasticamente, em parte pelo suave inverno, que interrompeu menos do que o normal a atividade neste setor.
De forma positiva contribuiu o consumo privado e do setor público, que avançou ligeiramente em comparação com o primeiro trimestre deste ano.
Em comparação com o segundo trimestre de 2013, a economia alemã cresceu a preços constantes entre março e junho 0,8 %, e 1,2% se o efeito calendário foi eliminado.
A última vez que o PIB da maior economia europeia diminuiu foi no primeiro trimestre de 2013, quando retrocedeu 0,4% em relação aos três meses anteriores.
“Após o forte primeiro trimestre, o segundo trimestre experimentou um enfraquecimento. Junto da frágil evolução da zona do euro, a economia alemã enfrentou também a insegurança derivada dos eventos geopolíticos”, apontou um relatório do Ministério da Economia divulgado na terça-feira.
O Ministério ressaltou no entanto que a “tendência positiva de base continua intacta”, que o mercado de trabalho se mantém “estável”, que as receitas “sobem” e a tendência de consumo “continua em alta”.
Este cálculo do PIB é o primeiro no qual o Destatis aplica a nova legislação europeia, que vigorará a partir de setembro. EFE
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