Pilotos da Lufthansa mantêm greve para protestar contra planos da companhia

Berlim, 4 dez (EFE).- Os pilotos da Lufthansa mantiveram nesta quinta-feira sua agenda de greve, em claro desafio aos planos da companhia, que pretende realizar uma reforma do plano de aposentadorias e investir mais em suas unidades de baixo custo.

Pela terceira vez nesta semana, os pilotos apoiaram a convocação do sindicato da categoria, Vereiningun Cockpit (VC). Nesta quinta-feira, aproximadamente vinte voos intercontinentais, destinados principalmente para Ásia e África, foram cancelados.

Estima-se que 12 mil passageiros foram afetados pela greve, que também afetou voos mais curtos. O número, no entanto, é bem menor do que os 150 mil passageiros que tiveram seus voos cancelados nos dois dias anteriores.

Desde o início de sua campanha, os pilotos da Lufthansa realizaram dez rodadas de greves, que causaram prejuízos de cerca de 170 milhões de euros para a companhia.

O sindicato decidiu ontem à noite manter a convocação de greve, apesar da oferta lançada pela patronal do setor para os grevistas recorressem a um mediador capaz de abrir uma fase de arbitragem.

O principal ponto de atrito são os cortes previstos pela direção nas aposentadorias dos 5.400 pilotos da Lufthansa. Além disso, os pilotos são contra a criação de uma unidade de baixo custo para trajetos de curta e longa distância.

O conselho da Lufthansa aprovou ontem a criação da nova divisão, que se chamaria Eurowings e faria parte da filial Germanwings, que assumiu nos últimos meses boa parte dos trajetos europeus da companhia aérea. EFE

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