Pilotos portugueses vão em busca de apoios para conter privatização da TAP

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 16h03
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Lisboa, 10 mai (EFE).- O Sindicato Português de Aviação Civil (SPAC), responsável por convocar a greve de 10 dias contra a companhia aérea TAP, afirmou neste domingo que lutará para reunir apoios para conter a privatização da empresa.

Em comunicado, a entidade também fez um balanço da paralisação e calculou que foram cancelados no período cerca de 50% dos voos programados, abaixo dos 70% estimados pela companhia.

Dos 900 pilotos associados à SPAC, 85% aderiram à greve, afirmou o sindicato, que na última sexta-feira lembrou das perdas da empresa líder nas viagens entre Portugal, Espanha, Brasil e Europa durante a mobilização: pelo menos 30 milhões de euros.

“SPAC e os pilotos farão todas as gestões necessárias para reunir amplos apoios que sejam contrários a este opaco e desastroso processo de privatização”, afirmou o sindicato, que acusou o governo e a administração da TAP de violar acordos firmados em dezembro do ano passado.

“Os exemplos destrutivos da Iberia (Espanha), da Alitalia (Itália) e da Olympic Airways (Grécia) são os casos que o SPAC e os pilotos portugueses devem se lembrar. Ignorar esses precedentes seria correr riscos inaceitáveis”, alertou o sindicato.

Com essa longa e inédita greve, os pilotos pretendem obter garantias após a futura venda da empresa. Eles exigem o cumprimento de um antigo acordo no qual ficariam com o controle de 20% da TAP no em caso de privatização.

Além disso, reivindicam a reposição dos salários após anos de cortes.

Segundo a TAP, a greve voltou a forçar hoje o cancelamento de 30% dos voos programados, porcentagem similar aos demais dias.

Porta-vozes da empresa explicaram que o impacto da longa paralisação dos pilotos ainda será sentida nos voos da próxima semana, apesar de o movimento se encerrar formalmente à meia-noite de hoje. EFE

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