Pizzolato pode apelar pela última vez caso decisão de setembro determine extradição

  • Por Jovem Pan
  • 24/06/2015 12h21

Ex-diretor de marketing utilizava o passaporte de um irmão morto

Lula Marques/Folhapress Henrique Pizzolato é preso na Itália com passaporte falso

O Conselho de Estado italiano anunciou nesta quarta-feira (24) a decisão de suspender a extradição do brasileiro Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil. A medida tem validade até 22 de setembro, até lá o órgão espera que o Ministério de Justiça da Itália e a defesa forneçam mais documentos para análise. A deputada Renata Bueno, a primeira brasileira eleita para o Parlamento Italiano, explica com exclusividade à Jovem Pan os próximos passos do recurso.

 “Eles deram 60 dias ao Ministério da Justiça italiano para mostrar esses documentos que o Ministro da Justiça daqui da Itália se baseou para tomar essa decisão a favor da extradição”, e completa, “esses documentos são as garantias que o Brasil deu sobre o sistema prisional, as condições de segurança e de idoneidade na prisão brasileira”.

A próxima audiência acontecerá em setembro e envolve a última instância administrativa do país. “As instancias italianas se encerram aí, porém tem ainda a Corte Europeia de Direitos Humanos que está no aguardo dessas decisões italianas para poder se pronunciar”, explica.

A deputada ressalta que é possível que Corte Europeia também suspenda a extradição de Pizzolato ao Brasil para poder julgar o pedido: “Enquanto ainda se está julgando o recurso, se ele é extraditado dentro do prazo não tem mais como fazê-lo voltar”.

Pizzolato fugiu para a Itália em 2013 depois de ser condenado no julgamento do Mensalão a 12 anos e 7 meses por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato.

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