Plano Diretor de SP quer impedir construção de prédios altos em bairros residenciais
O projeto do novo Plano Diretor quer impedir a construção de prédios altos no interior de bairros residenciais. Os edifícios seriam de, no máximo oito andares, para evitar a proliferação de mais espigões no miolo dos bairros e congestionamentos.
Com a proposta, a capital paulista poderá ter ainda duzentas e quarenta mil novas unidades habitacionais em 16 anos. Em entrevista ao repórter Anderson Costa, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, destacou algumas das principais diretrizes do projeto.
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O presidente do Secovi ressaltou que o adensamento populacional no interior dos bairros já aconteceu devido a redução de coeficiente de construção. Cláudio Bernardes salientou que, em relação à altura dos prédios, o setor apontou a possibilidade de redução do tamanho em regiões mais horizontais.
O professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP João Sette Whitaker defende a construção de moradias populares ao longo dos eixos de transporte da cidade. Ele destacou que a verticalização nas proximidades dos corredores deve ocorrer de forma democrática.
A proposta estabelece que empreendimentos com mais de 20 mil metros quadrados disponham de 10% de área para imóveis populares. Serão criadas zonas especiais de interesse social com potencial de criação de 240 mil moradias, explicou o relator do Plano, vereador Nabil Bonduki.
O projeto será apresentado na Comissão de Política Urbana da Câmara na quarta-feira da semana que vem e deve ser levado a votação no mês de abril. A expectativa do Executivo é que o novo Plano Diretor seja aprovado em até 60 dias.
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