Plataforma brasileira de jornalismo na nuvem se expande para a América Latina

  • Por Agencia EFE
  • 13/08/2015 21h38
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Bogotá, 13 ago (EFE).- A plataforma de leitura de conteúdo jornalístico nascida há um ano no Brasil com o nome “Nuvem do Jornaleiro”, que permite o acesso a mais de 500 publicações do país, foi apresentada nesta quinta-feira em Bogotá (Colômbia) para toda América Latina sob o título “Lo Kioskero”.

“Nós começamos no Brasil e é natural que sigamos por toda América Latina”, explicou à Agência Efe o fundador e presidente do Grupo Gol Mobile e do “Lo Kioskero”, Jonas Suassuna, que espera que em um ano a plataforma tenha 2 milhões de usuários em toda a região, o dobro dos que hoje assinam o serviço brasileiro.

A ferramenta é capaz de transferir notícias às novas plataformas digitais através da nuvem e pode ser baixada por aparelhos com sistemas operacionais iOS e Android, ou ser acessada diretamente da internet. No Brasil, a “Nuvem do Jornaleiro” disponibiliza notícias de mais de 500 meios de comunicação diferentes, incluindo as da Agência Efe, jornais, revistas e conteúdos de outras agências.

Suassuna, que participa de Bogotá do congresso regional da International News Media Association (INMA), destacou que o grande valor do material de “Lo Kioskero” é sua própria marca. A plataforma seria o principal aliado para garantir o acesso dos usuários.

“O jornal não vai morrer. A notícia não vai morrer. O que estamos fazendo é mudar o formato”, explicou Suassuna, para quem “Lo Kioskero” modifica apenas a forma de distribuir a informação que os meios de comunicação produzem.

Em pouco mais de um ano desde o lançamento no Brasil, a “Nuvem do Jornaleiro” conseguiu superar 1 milhão de usuários que pagam uma tarifa única para acessar todos os conteúdos. Agora, a expectiva é que o número de clientes na América Latina – exceto o Brasil – alcance os 2 milhões em menos de um ano.

No total, seriam 3 milhões de pessoas lendo informação de meios de comunicação, que não precisam realizar um esforço adicional para fornecer essas notícias, já que são enviados os mesmos arquivos que estão em suas edições impressas e digitais. Segundo o fundador da ferramenta, eles recebem como principal ganho “um aumento de ratings”.

Esse benefício aumenta a audiência e faz com que a pessoa “passe a olhar esse produto de uma nova forma”, disse Suassuna. Além disso, as agências de publicidade podem conhecer com precisão quais publicações são mais visitadas e quanto tempo o usuário permanece em cada uma.

A divulgação será feita através pela Movistar, assim como aconteceu no Brasil com a Vivo, do grupo espanhol Telefônica. Segundo Suassuna, no Brasil, 82% dos assinantes são clientes de planos pré-pagos da companhia telefônica.

“São pessoas que, normalmente, não compram uma revista ou um jornal. Não há uma canibalização, estamos trazendo um novo tipo de cliente, estamos fazendo promoções com grandes marcas”, disse ele.

Atualmente, “Lo Kioskero” está em fase de desenvolvimento na América Latina, o que consiste em levar a proposta aos meios de comunicação e conseguir que se somem à iniciativa.

Várias empresas de comunicação da região já mostraram interesse em participar do projeto, fato que faz os que organizadores acreditem que a iniciativa será bem-sucedida. EFE

gdl/cdr

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