Plenário da COP20 retoma os trabalhos para fechar minuta de acordo climático

Lima, 13 dez (EFE).- O plenário da Cúpula de Mudança Climática de Lima (COP20) retomou os trabalhos neste sábado para tentar adotar algum tipo de decisão oficial sobre a minuta do acordo climático universal que se planeja aprovar no próximo ano em Paris.

Os delegados dos 195 países reunidos em Lima chegaram ao plenário às 10h (hora local, 13h de Brasília), segundo informou a organização, para revisar uma minuta alcançada nas últimas horas sob a presidência do ministro do Meio Ambiente do Peru, Manuel Pulgar Vidal.

O texto final que a presidência peruana da COP20 quer aprovar está estagnado desde sexta-feira em um par de pontos, que fundamentalmente seguem tendo a ver com manter ou não a diferenciação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, e com o financiamento.

Os pontos mais espinhosos da negociação giram em torno do tipo de informação que os países devem apresentar em suas contribuições sobre redução de emissões de gases estufa para que estas metas possam ser quantificáveis e comparáveis.

As ajudas que devem ser concedidas aos países pobres e em desenvolvimento para fazer frente aos efeitos da mudança climática também estão no centro das negociações.

A ministra do Meio Ambiente da Alemanha, Barbara Hendricks, antecipou ontem que o acordo de Lima contém “progressos consideráveis” e “será um bom ponto de partida” para desenvolver o acordo da COP21 de 2015 em Paris, mas lamentou que ainda não haja consenso em dar-lhe natureza vinculativa nem no financiamento de ações perante a mudança climática.

Por sua parte, a chefe da delegação do World Wide Fund for Nature (WWF, Fundo Mundial para a Natureza), Tasneem Essop, assinalou na véspera que os negociadores “têm pouco tempo e tudo ainda está no ar”.

A COP20 de Lima acontece desde o dia 1º de dezembro com a presença de 10.300 delegados de 195 países para estabelecer os fundamentos do novo acordo global sobre a mudança climática que será aprovado em 2015 em Paris e que substituirá o Protocolo de Kioto a partir do ano 2020. EFE