PM e moradores entram em confronto durante reintegração na zona oeste

  • Por Estadão Conteúdo
  • 25/07/2016 11h36
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SP - REINTEGRAÇÃO-POSSE-CIDADE-EDUCANDÁRIO - GERAL - Moradores realizam um protesto contra um pedido de reintegração de posse na Cidade Educandário, na região da Raposo Tavares, em São Paulo (SP), nesta segunda-feira (25). São 350 famílias que ocupam um terreno da Prefeitura de São Paulo. Moradores montaram barricadas com colchões e madeiras e atearam fogo para impedir a aproximação de policiais. 25/07/2016 - Foto: URIEL PUNK/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Estadão Conteúdo reintegração de posse3

A Polícia Militar cumpre, nesta segunda-feira, 25, a reintegração de posse de um terreno ocupado há pelo menos três anos por cerca de 350 famílias na Cidade Educandário, na região da Rodovia Raposo Tavares, zona oeste da capital paulista. Houve confronto entre moradores que protestavam contra a ação.

A PM informou que aconteceu uma troca de tiros entre moradores e policiais no início da manhã. Segundo os moradores, o confronto começou porque uma criança que morava no bairro foi atingida por uma bomba de gás lacrimogêneo, o que causou revolta. Alguns moradores revidaram, queimando pedaços de madeira e atirando contra os agentes. Um PM que estava de colete foi atingido.

Vizinhos da comunidade acompanham a ação do lado de fora. Os policiais colocaram uma faixa para bloquear a Rua José Porfírio de Souza, que dá acesso à comunidade. Homens da Tropa de Choque e das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) participam da reintegração.

Participam das negociações, os secretários municipais de Coordenação das Subprefeituras, Luiz Antonio Medeiros, e Negócios Jurídicos, Robinson Sakiyama Barreirinhas, e representantes do Tribunal de Justiça (TJ).

Por volta das 10 horas, os moradores deixavam a ocupação carregando geladeira, fogão, mesa e cadeiras. Eles afirmaram que foram avisados da decisão judicial na sexta-feira, 22, mas que não tinham para onde levar seus pertences.

“Meu marido e eu saímos na sexta-feira. Mas não tínhamos onde deixar os móveis, deixamos numa vizinha”, disse a dona de casa Tamires Mirna, de 25 anos. Ela estava com o filho de 9 meses no colo. Ao seus lado, outras quatro crianças a acompanhavam – a mais velha delas tem 7 anos.

A circulação de ônibus foi interrompida na região. Moradores do entorno da comunidade precisaram andar até quatro quilômetros para chegar à Rodovia Raposo Tavares para pegar um coletivo.

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