Polícia admite erros em operação que matou um preso afro-americano nos EUA
Washington, 25 abr (EFE).- A Polícia de Baltimore, nos Estados Unidos, admitiu que pelo menos dois erros de procedimento foram cometidos durante a prisão de um afro-americano, no último dia 12 de abril, que morreu em razão de uma lesão na coluna sofrida enquanto estava sob custódia policial.
Por um lado, o chefe de polícia da cidade, Anthony W. Batts, indicou que o jovem morto, Freddie Gray, não estava com o cinto de segurança afivelado na viatura em que foi transportado após sua detenção, onde teria sofrido o ferimento que o matou.
Não afivelar o cinto de segurança durante o transporte de presos é uma violação do código interno do departamento de Polícia de Baltimore, indicou Batts.
Por outro lado, o ajudante do chefe de polícia, Kevin Davis, revelou que não foi oferecida assistência médica a Gray apesar das solicitações do preso, e garantiu que os agentes deveriam ter chamado uma ambulância quando o afro-americano pediu socorro.
Freddie Gray, afro-americano de 25 anos e detido no último dia 12 de abril, sofreu uma lesão grave enquanto estava sob custódia policial. O preso foi hospitalizado e estava em coma até a noite do último domingo, quando acabou não resistindo aos ferimentos.
A investigação aberta pelas autoridades de Baltimore pretende esclarecer como Gray se machucou e se os agentes foram responsáveis pela lesão na coluna do preso.
A morte de Gray ocorre em um momento de grande tensão nos EUA entre os diferentes órgãos de segurança e os membros da comunidade afro-africana, após vários casos de abuso policial contra negros terem acabado em morte. EFE
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