Polícia Civil tenta localizar sexta vítima de chacina em Guarulhos

  • Por Jovem Pan
  • 05/01/2016 16h30
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SP - CHACINA BAR GUARULHOS - GERAL - Quatro pessoas foram mortas e uma ficou ferida após ataque a um bar na Rua Domingos de Abreuna no bairro da Vila Galvão, em Guarulhos, SP, na madrugada deste sábado (2). Segundo a Polícia Militar, os disparos partiram de um veículo preto, cinco pessoas foram atingidas, elas foram socorridas, mas quatro delas não resistiram aos ferimentos. O sobrevivente foi levado ao Hospital Geral de Guarulhos. 02/01/2016 - Foto: EDISON TEMOTEO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Edison Temoteo/Futura Press/Estadão Conteúdo Chacina

A Polícia Civil tenta localizar um sobrevivente da chacina de Guarulhos que teria sido atingida de raspão e não foi hospitalizada. A pessoa seria a sexta vítima do crime que ocorreu no início da madrugada do último sábado (02), no Bar do Bebeto, localizado na Rua Domingos de Abreu, 398, na região do Jardim Vila Galvão.

Inicialmente, eram relacionadas ao caso apenas as quatro pessoas que morreram baleadas e um homem que está internado na UTI de um hospital não divulgado.

O delegado seccional de Guarulhos, Adilson da Silva Aquino, afirmou que testemunhas estão sendo ouvidas e que esta sexta vítima é procurada. “As nossas oitivas se concentraram nos parentes das vítimas, inclusive uma das pessoas ouvidas estava próxima do local, mas não pode acrescentar muitos dados à investigação. Ouvimos também o proprietário do bar onde ocorreu a chacina e estamos em busca de uma vítima que teria sobrevivido e que não está internada. Estamos tentando localizar”, disse.

Os disparos teriam partido de um carro que passou em frente ao bar. Segundo testemunhas, desconhecidos, encapuzados, surgiram em um Volkswagem Fox preto e passaram a atirar contra os frequentadores do comércio, que fica na favela São Rafael.

Uma pessoa foi atingida e ficou caída na calçada; já as outras ainda tentaram correr e se refugiar em uma casa, mas foram perseguidas e também baleadas. Após atirar, os criminosos fugiram; equipes da PM chegaram minutos depois e acionaram o Corpo de Bombeiros, que socorreu os feridos.

Possibilidade de retaliação

Ainda de acordo com o delegado, nenhuma hipótese é descartada, inclusive a participação de policiais militares nas execuções. Uma das suspeitas da Polícia Civil é de que a chacina tenha sido motivada por vingança.

No dia 30 de dezembro, o cabo Felipe Rebelato Nocelli Ramalho, de 30 anos, do 5.º Batalhão da PM, foi morto após intervir em um assalto a uma autopeça, a 1,5 quilômetro do bar onde aconteceu a chacina.

O PM estava de folga e havia ido na loja comprar um farol. Houve troca de tiros e Ramalho acabou baleado. Ferido, o assaltante foi socorrido por um comparsa. Depois, o suspeito foi encontrado em um hospital em Itaquaquecetuba, onde segue internado sob acompanhamento policial. Ele teve a prisão temporária decretada pela Justiça, o que, segundo investigadores, pode enfraquecer a tese de retaliação.

Acompanhamento do MP

A Ouvidoria da Polícia de São Paulo solicitou que o Ministério Público Estadual (MP-SP) acompanhe as investigações da primeira chacina de 2016.

Em ofício enviado ao MP-SP, ao Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro) e à Corregedoria da PM, a Ouvidoria pediu que o Ministério Público “acompanhe de perto as investigações” e não deixe apenas a polícia acompanhar, segundo o ouvidor Júlio César Neves.

*Informações do repórter Tiago Muniz

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