Polícia de Berlim admite “dúvidas” sobre envolvimento de detido em atentado

  • Por Jovem Pan com EFE
  • 20/12/2016 12h12
EFE Polícia alemã ataques

As autoridades de Berlim têm “dúvidas” sobre o envolvimento do único detido no atentado cometido na segunda-feira (20) em um mercado de rua natalino, um solicitante de asilo paquistanês, informou o chefe da Polícia, Klaus Kandt.

Segundo o jornal “Die Welt”, a polícia já sabe que o detido não é a pessoa que conduzia o caminhão que invadiu o mercado de rua e acredita que o autor do ataque possa estar armado e em liberdade.

Através de sua conta no Twitter, a polícia de Berlim ratificou hoje que o detido nega as acusações, explicou que por isso se encontra “especialmente alerta” e pediu aos cidadãos que redobrem os cuidados.

“Se virem algo suspeito, não atuem por conta própria por sua segurança; para isso estamos aqui”, manifestaram as forças de segurança, que divulgaram um número de telefone para que os cidadãos possam fornecer pistas.

A Polícia Federal, a cargo das investigações, pediu também aos berlinenses que sejam prudentes e sigam as recomendações das forças de segurança da capital.

Em um comparecimento perante os veículos de imprensa, Kandt afirmou que “não é seguro que o detido seja o motorista do caminhão” e se limitou a constatar que estão sendo analisados os rastros de DNA achados no caminhão que invadiu a zona com os do suspeito.

O próprio ministro do Interior, Thomas de Maizière, confirmou pouco antes que o detido relacionado com o caso é um refugiado nascido no Paquistão, de 23 anos e chegado à Alemanha em 2015, que nega envolvimento no caso.

O homem foi detido pouco depois do ataque, do qual, segundo o ministro, “não há dúvida que se tratou de um atentado”.

A detenção aconteceu depois que um cidadão seguiu o suspeito em sua fuga, enquanto em paralelo entrava em contato com seu telefone celular com a Polícia, que o deteve nos arredores da Coluna da Victoria, no parque do Tiergarten.

No atentado morreram 12 pessoas, entre elas um cidadão polonês, aparentemente o carona do caminhão, que faleceu em consequência de um disparo, segundo o ministro.

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