Polícia de NY muda foco de combate à prostituição a favor do sexo seguro
Nova York, 12 mai (EFE).- A polícia de Nova York anunciou nesta segunda-feira que vai reduzir de forma significativa a utilização de preservativos apreendidos durante as prisões como prova em casos de prostituição, para não desestimular o “sexo seguro”.
O chefe de polícia da cidade, Bill Bratton disse que a mudança de política significa “um enfoque razoável” em relação às práticas de sexo seguro entre a comunidade que corre mais risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis.
O prefeito da cidade, Bill de Blasio, afirmou hoje que apoia a decisão, já que “há várias formas” de atuar para conseguir provas contra a prostituição. “A política que realidade inibe as pessoas de praticar sexo seguro é um erro e é perigosa”, acrescentou o prefeito ao ser perguntado sobre a decisão da polícia.
O uso pela polícia e pelas autoridades de preservativos apreendidos como prova de dedicação à prostituição tem gerado críticas há anos, vindas de organizações de direitos humanos e até de grupos de transexuais.
O promotor do condado de Manhattan, Cyrus Vance, também respaldou a medida e lembrou que há um ano seu escritório não usou a posse de preservativos como prova em casos de prostituição.
Yhatzine LaFountain, transgênero que faz parte da organização “Make the Road New York”, lembrou que foi testemunha de como os policiais “apreendem nossos preservativos e nos detêm por caminhar pelas ruas”.
“Caso se suponha que os preservativos existem para nos proteger, não para nos converter em criminosos”, acrescentou LaFountain em comunicado, no qual advertiu que vigiarão “a implementação desta importante mudança de política”.
A polícia nova-iorquina realiza em média 2.500 prisões anuais por prostituição. EFE
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