Polícia descobre que médicos usavam pacientes por compra de remédios caros
Esquema de compras sem necessidade de remédios de alto custo pode ter causado prejuízo milionário aos cofres públicos. A polícia civil e a Corregedoria-Geral da Administração do Estado de São Paulo deflagraram a Operação ASCLÉPIO nesta segunda-feira.
Os pacientes eram aconselhados por médicos a entrarem na justiça pedindo que o estado comprasse um remédio que custava US$ 1.000 dólares o comprimido. O corregedor-coordenador da área da saúde, Lawrence Tanikawa, ressalta que as pessoas que colocavam as ações não tinham conhecimento do esquema. (Ouça detalhes no áudio acima).
O remédio em questão é o Juxtapid, que serve para tratar de uma forma rara de elevação dos índices de colesterol.
O delegado divisionário de crimes contra a administração pública, Fernando Bardi, fala que muita gente estava ganhando com o caso, menos os pacientes. (Ouça acima)
No total, o esquema causou perdas da ordem de R$ 40 milhões e há até a suspeita de que pacientes foram usados como cobaias. Isso porque o medicamento serviria para tratar outra forma da doença da qual as pessoas foram diagnosticadas; o remédio não tinha registro na Anvisa.
Com informações do repórter Jovem Pan Tiago Muniz
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