Polícia detém suspeito por atentado em comício na Turquia
Ancara, 7 jun (EFE).- O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, anunciou neste domingo que uma pessoa foi detida em relação às duas explosões em um comício do Partido Democrático dos Povos (HDP), registradas na sexta-feira no reduto curdo de Diyarbakir, que causaram dois mortos e mais de 350 feridos.
“Ordenamos que se averiguem todos os detalhes do passado desta pessoa. Não posso dar mais dados porque a investigação está em andamento neste momento”, declarou Davutoglu após depositar seu voto na cidade de Konya, na Anatólia central.
“Tomaremos todas as medidas e revelaremos todas as conexões”, assegurou.
O HDP foi alvo de vários ataques violentos durante a campanha eleitoral, o último e mais grave deles, a dupla explosão em um grande comício na sexta-feira.
O líder da legenda pró-curda, Salahattin Dermitas, acusou ontem o presidente Recep Tayyip Erdogan de acirrar os ânimos contra seu partido, que se apresenta pela primeira vez às eleições, com chances reais, segundo as enquetes, de entrar no parlamento.
“Ele nos colocou como alvo e nos jogou contra uma matilha de lobos. Se é o presidente de todo um país, venha e desculpe-se com o povo de Diyarbakir”, criticou Dermitas.
O HDP espera conseguir nas eleições deste domingo na Turquia pelo menos 10% dos votos, o que lhe permitiria entrar no parlamento.
Se conseguir, o partido governante, AKP, não poderia conseguir a maioria de dois terços necessária para a reforma constitucional que planeja para transformar o sistema parlamentar da Turquia em uma república presidencialista.
Desde as 8h (2h de Brasília), os colégios eleitorais turcos estão abertos para que 54 milhões de eleitores elejam a formação do parlamento entre 20 partidos políticos,
As urnas serão fechadas às 17h (11h) e a previsão é que, quatro horas depois, o Conselho Eleitoral divulgue os primeiros resultados. EFE
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