Polícia diz que atirador do Novo México disparou a esmo e sofria assédio
Austin (EUA), 15 jan (EFE).- A polícia do Novo México afirmou nesta quarta-feira que as vítimas do tiroteio de terça-feira em um instituto de Roswell (Estados Unidos) foram atingidas por disparos a esmo, enquanto alguns alunos do centro declararam que o agressor sofria assédio escolar.
A cidade de Roswell seguiu hoje na busca de explicações para entender por que um estudante de 12 anos atirou em dois de seus companheiros, o que causou ferimentos muito graves em um deles, que se encontra em estado crítico.
“Encontramos provas que tudo foi pensado e planejado”, anunciou em entrevista coletiva o chefe da polícia estadual, Pete Kassetas, que, mesmo assim, acrescentou que “as vítimas foram (escolhidas) ao acaso”.
Segundo Kassetas, que definiu o caso como “complexo”, o menor portava uma escopeta de calibre 20, procedente de sua casa e escondida em uma bolsa de lona, mas não tinha em mente nenhuma vítima concreta.
A governadora do Novo México, Susana Martínez, explicou que o ferido de 12 anos, que foi atingido no rosto e no pescoço, segue em “estado crítico”, enquanto outra menina de 13 anos está estável, mas continuará internada pelo menos uma semana.
Os estudantes consultados pela imprensa local destacaram que o agressor era frequente vítima de “bullying” e que esse assédio escolar ficava patente na sala de aula, quando o menino falava e outros o mandavam se calar.
“Cala a boca!”, gritavam alguns companheiros ao autor do tiroteio, a quem definem como um menino de estatura média, com um pouco de sobrepeso, óculos e corte de cabelo em forma de xícara, segundo informou o “Albuquerque Journal”.
O jornal também recolheu o testemunho de alguns estudantes que asseguram que o ferido mais grave, o menino de 12 anos, tinha intimidado algumas vezes o agressor, o que não coincide com a versão oficial que as vítimas foram aleatórias.
O tiroteio no Novo México aconteceu um mês depois que, em uma escola de ensino médio do estado vizinho do Colorado, um aluno disparou contra uma companheira, depois se suicidou e a estudante ferida morreu dias depois. EFE
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