Polícia do AM confirma identificação de 36 corpos de massacre no Compaj

  • Por Jovem Pan
  • 03/01/2017 20h20
EFE Manaus

A Polícia Civil confirmou a identificação de 36 dos 56 mortos no massacre do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (compaj), em Manaus, no Amazonas. Foram liberados dez corpos, dos que já foram identificados, seis estão com os familiares e quatro seguem dentro do IML. Além desses, mais três também já passaram pelo processo de identificação na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP).

Segundo o Departamento de Polícia Técnico-Científica do Amazonas (DPTC), o período para se identificar todos os corpos pode ser de até um mês.

Massacre no Amazonas

As 56 mortes de detentos confirmadas até agora no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, já fazem do episódio o segundo no país em número de mortos no sistema prisional, atrás apenas do Massacre do Carandiru, em 1992, quando 111 presos foram mortos pela polícia.

Repercussão internacional

O massacre que deixou 60 mortos em penitenciária de Manaus, no Amazonas, nesta segunda-feira (02) repercutiu em todo o mundo. O americano The New York Times destacou na homepage de seu site a notícia, enfatizando que as facções rivais travam disputa pelo controle do tráfico de cocaína na Amazônia brasileira. “Rebeliões em prisões brasileiras são comuns”, diz a reportagem. “Mas o episódio de Manaus, que incluiu corpos decapitados atirados contra os muros da penitenciária, está entre os mais sangrentos das últimas décadas.” O jornal americano também lembrou que a prisão tinha três vezes mais detentos do que sua capacidade.

Terceira rebelião em menos de 24h

Os presos do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) realizaram uma nova rebelião em Manaus. A informação foi confirmada por Glen Freitas, membro do Conselho de Direitos Humanos da OAB durante o programa Radioatividade desta segunda-feira (02). Essa é a terceira em menos de 24 horas na capital do Amazonas.

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