Polícia encontra 8 acampamentos ilegais de imigrantes no sul da Tailândia

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 16h07

(Corrige o número de acampamentos).

Hat Yai (Tailândia), 13 mai (EFE).- A polícia da Tailândia descobriu oito acampamentos ilegais e dezenas de túmulos de imigrantes no sul do país desde o início da crise humanitária provocada pelo tráfico de pessoas na região, informaram nesta quarta-feira fontes policiais.

As forças de segurança, que começaram no início deste mês as batidas contra o tráfico humano no sul do país, encontraram os campos abandonados, já que os traficantes fugiram antes da chegada dos agentes.

Nos oito acampamentos há um total de 117 estruturas, como casas e barracos.

Os acampamentos e os túmulos com os corpos de imigrantes, mortos pelas más condições nos acampamentos, se encontram em sua maioria na província de Songkhla, próxima da fronteira com a Malásia.

Até o momento, as autoridades encontraram perto dos campos 312 birmaneses e bengalis, que consideram imigrantes ilegais, exceto 63 que foram classificados como vítimas do tráfico de pessoas.

Dos imigrantes, que sofreram com abusos e com a falta de alimentos nos campos ilegais, 80 são da etnia rohingya, uma minoria muçulmana que é perseguida em Mianmar, segundo um documento oficial consultado pela Agência Efe.

A polícia prendeu nas últimas duas semanas pelo menos 22 pessoas, a maioria oficiais e funcionários locais, e dois policiais, enquanto cerca de 30 ainda estão foragidas.

As autoridades de Bangcoc anunciaram ontem à noite a convocação de um fórum regional no dia 29 de maio com representantes de Mianmar, Malásia, Indonésia, Laos, Camboja, Vietnã, Estados Unidos e Austrália, além de várias agências da ONU.

Os imigrantes birmaneses e bengalis se lançam em perigosas travessias no Oceano Índico para chegar à Malásia e à Indonésia. Para isso, permanecem durante meses nas embarcações ou são mantidos sob custódia em acampamentos ilegais na Tailândia, país de passagem.

Muitos são rohingyas, umas das minorias mais perseguidas do mundo, segundo as Nações Unidas, e que não são reconhecidos como cidadãos em Mianmar, onde são qualificados como bengalis, nem na vizinha Bangladesh.

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), cerca de 25 mil pessoas zarparam em embarcações de Bangladesh e Mianmar durante o primeiro trimestre de 2015, o dobro do número registrado no mesmo período de 2014.

Além disso, estima-se que, neste momento, há 8 mil imigrantes ilegais em embarcações nas águas do Sudeste Asiático. EFE

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