Polícia espanhola prende nove membros de rede que captava jihadistas
Madri, 16 jun (EFE).- A polícia da Espanha prendeu nove pessoas nesta segunda-feira em uma operação em Madri contra uma rede internacional de captação e envio de jihadistas para se tornarem integrantes da organização terrorista do Estado Islâmico no Iraque e do Levante (EIIL), com foco em territórios da Síria e do Iraque.
De acordo com o Ministério do Interior, além dos nove presos, foram feitos 12 registros. A operação começou durante a madrugada e não são descartadas novas detenções.
O órgão ressaltou que Lachen Ikassrien, o principal líder da célula desfeita, morava na Espanha após passagem pela base militar americana de Guantánamo, onde ficou depois de ser detido no Afeganistão, em 2001. Ele disse ter sofrido torturas durante o tempo em que esteve em Guantánamo entre 2002 e 2005, fatos que são investigados pela Audiência Nacional espanhola.
Com estas detenções já são 20 pessoas detidas na Espanha neste ano com envolvimento na captação e envio de jihadistas aos conflitos armados na Síria, Mali e Líbia, que se somam a detenção de outras três em Marrocos, fruto da parceria com as forças de segurança espanholas.
Uma das maiores operações aconteceu em 30 de maio, quando a polícia e a Guarda Civil detiveram em Melilla, cidade espanhola do norte da África, seis pessoas de nacionalidade espanhola, acusadas de pertencer a uma célula que teria conseguido enviar ao Sahel, pelo menos, 26 “combatentes” para se integrar a Al Qaeda.
Entre os detidos estava Benaissa Laghmouchi Baghdadi, considerado pelos investigadores como o primeiro jihadista espanhol retornado do Sahel após formação em um campo de treinamento no deserto do norte do Mali e cuja missão era, atualmente, recrutar novos combatentes a partir de Melilla. EFE
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