Polícia estabelece vínculo entre os detidos pelo atentado em Bangcoc
Bangcoc, 2 set (EFE).- A polícia tailandesa estabeleceu nesta quarta-feira um vínculo entre os dois detidos por seu suposto envolvimento no atentado com bomba do dia 17 de agosto em um templo de Bangcoc, que deixou 20 mortos e mais de cem feridos.
O porta-voz da polícia, Prawut Thavornsiri, disse que as digitais do homem detido ontem perto da fronteira com o Camboja coincidem com as que havia em uma garrafa com explosivos achada no sábado no apartamento da capital onde aconteceu a primeira detenção.
Em mensagem televisionada, Prawit evitou confirmar se o segundo detido é o homem com camiseta amarela captado por câmeras de segurança enquanto deixava uma mochila no templo de Erawan momentos antes da explosão.
Após a detenção ontem, a junta militar qualificou de “provável” que esse suspeito seja quem colocou a bomba depois que a polícia se limitou a admitir um aspecto “similar” com o retrato-falado que publicou após o atentado.
As autoridades não confirmaram a identidade nem a nacionalidade dos dois detidos, apesar de o primeiro ter sido encontrado com um passaporte turco falso e a imprensa local ter divulgado a imagem do suposto passaporte do segundo, que localiza seu nascimento na província chinesa de Xinjiang.
Em declarações anteriores ao “Canal 3”, Prawut afirmou que desconhece se a documentação que levava o segundo suspeito é falsa ou não e que se está verificando sua autenticidade com as autoridades do país correspondente, sem especificar qual.
Segundo a Tailândia, o segundo detido foi preso quando tentava atravessar a fronteira para o Camboja de forma clandestina, mas, segundo o jornal “Phnom Penh Post”, que cita fontes oficiais de ambos países, a detenção aconteceu no domingo no aeroporto da capital cambojana.
Além destes dois suspeitos, a polícia emitiu outras seis ordens de detenção, as três últimas contra três pessoas com passaporte turco que, segundo Prawut, estariam relacionadas com o mesmo apartamento do distrito de Nong Chok, ao leste de Bangcoc, revistado no sábado.
A polícia também procura outro homem que aparece em imagens de câmeras de segurança lançando outro pacote ao rio, justo ao lado do estacionamento de barcos onde no dia seguinte do atentado mortal explodiu outro artefato sem causar feridos.
As outras duas ordens de detenção correspondem a uma tailandesa, identificada como Wanna Suansan, de 26 anos, e um estrangeiro não identificado ao qual a mulher alugou um apartamento no distrito de Minburi, onde a polícia também encontrou material que pode ser utilizado para fabricar explosivos.
No entanto, a mulher negou na segunda-feira ter qualquer relação com o caso e garantiu que se encontra na Turquia onde vive junto com seu marido e uma filha.
Prawut confirmou que a mulher entrou em contato com a polícia para confirmar que está na Turquia, que costuma alugar o apartamento a amigos de seu marido e que se ofereceu a retornar à Tailândia para provar sua inocência.
O porta-voz vinculou o atentado com uma represália de redes de tráfico de pessoas por operações policiais contra estas máfias.
Especialistas em segurança também apontaram como motivo do atentado uma represália pela recente repatriação por parte da Tailândia de 109 de muçulmanos uigures à China. EFE
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