Polícia faz megaoperação em morro para capturar suspeitos de estupro coletivo
Policiais militares do Grupo de Ações Táticas realizaram na manhã deste sábado (28) uma grande operação na comunidade São José Operário, conhecido como morro da Barão, na Praça Seca, zona oeste do Rio. O objetivo é identificar e capturar criminosos que participaram do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no fim de semana passado. Houve tiroteio e pelo menos um suspeito foi detido.
De acordo com a PM, 70 agentes de sete batalhões participam da operação, com apoio de helicóptero, veículos blindados e do Batalhão de Ação com Cães (BAC). Além de capturar os agressores, a ação visa a “dar maior sensação de segurança à população”, alega a corporação em nota.
O morro da Barão é o local onde a adolescente foi estuprada por 33 homens, segundo o depoimento da própria jovem à polícia. Nesta sexta (27), a Polícia Civil já havia realizado uma operação para cercar a casa onde teria ocorrido o crime e realizar a perícia do local (veja mais abaixo).
Na entrada dos policiais na comunidade durante a operação desta manhã, não houve resistência, de acordo com a PM. Porém, no ponto alto do morro, próximo à mata, alguns criminosos dispararam contra os agentes, e houve “breve confronto”, sem feridos.
Além do suspeito detido, ainda não identificado, a polícia apreendeu drogas e recuperou dois veículos roubados, um Corolla e um Gol. O caso será registrado na Cidade da Polícia, sede das delegacias especializadas na zona norte do Rio e onde o caso do estupro está sendo investigado.
Roupas e objetos
Roupas e material usado na endolação de drogas foram apreendidos pela Polícia Civil do Rio na operação que localizou, na tarde de sexta-feira, a casa onde teria ocorrido o estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos, no sábado passado (dia 21), na zona oeste do Rio. Fotos divulgadas pela assessoria de imprensa da Polícia Civil mostram uma cama e uma televisão.
A operação na favela São José Operário, conhecido como morro da Barão, na Praça Seca, zona oeste do Rio, foi feita por policiais civis da 28ª Delegacia de Polícia (Campinho). As investigações do caso estão a cargo da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), porque imagens do crime em vídeo circularam pela internet e redes sociais.
Segundo a Polícia Civil, foi feita a perícia na casa. Também na sexta-feira, os policiais da DRCI, com o apoio da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), colheram o depoimento da vítima e de outras três pessoas. Pelo menos três outras pessoas serão ouvidas e um suspeito, localizado em nova operação realizada neste sábado, foi conduzido para a DRCI.
Delegados falam sobre estupro coletivo de jovem no Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Em nota, a Polícia Civil frisou que “a investigação continua em andamento”. Na noite de sexta-feira, o delegado Alessandro Thiers, titular da DRCI, já havia destacado que a polícia ainda não tinha chegado a uma conclusão sobre como os fatos se desenvolveram. “Vamos escutar todas as versões e vamos procurar todas as outras provas, para depois tirar nossas conclusões”, disse Thiers.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.