Polícia faz operação maciça para localizar atirador de Tel Aviv

  • Por Agência EFE
  • 02/01/2016 15h22
EFE Tiroteio em pub deixou dois mortos nesta sexta-feira

A polícia israelense continua neste sábado a operação de busca em massa para localizar o árabe-israelense que matou na sexta-feira 901) duas pessoas e feriu sete em um pub de Tel Aviv, e investiga se outro assassinato na cidade tem relação com o caso.

Policiais, forças especiais da unidade antiterrorista e membros do serviço de inteligência interior, Shin Bet, participaram hoje das buscas em Tel Aviv e em seu entorno, que inclui revistas casa por casa para encontrar o suspeito, que foi gravado ontem por várias câmaras de segurança.

Em comunicado divulgado na noite desta sexta, a polícia israelense informou da operação, e recomendou aos moradores que vivam normalmente, o que não impediu muitos de terem preferido permanecer hoje em suas casas.

A investigação quer esclarecer se o atirador que ontem matou com uma arma automática duas pessoas e feriu outras sete no pub “HaSimta”, matou uma terceira pessoa antes ou após fugir, segundo a nota da polícia.

O corpo de um taxista árabe-israelense foi encontrado no norte da cidade uma hora depois do ataque ao pub, e embora em um primeiro momento não tenha se estabelecido qualquer relação entre os dois incidentes, de madrugada a polícia comunicou que o juiz tinha decretado segredo sobre ambos casos.

A vítima, natural de Yafo, cidade vizinha de Tel Aviv, apresentava um ferimento de bala.

Árabes-israelenses são os palestinos de nacionalidade israelense – ao contrário dos da Cisjordânia e de Gaza, como é o principal suspeito da agressão no pub de Tel Aviv, membro dessa minoria que representa 20% da população de Israel.

O suspeito tem 29 anos, é da região de Wadi Ara, na Galileia, e tinha cumprido pena de prisão por tentar roubar a arma de um soldado.

A imprensa aponta a possibilidade de o ataque estar relacionado ao apoio que o suspeito teria expressado ao Estado Islâmico ou com a morte de um primo seu pela polícia em 2006.

A família argumentou que o agressor, que foi delatado por seu próprio pai após a divulgação das imagens, tinha problemas mentais desde a morte desse primo.

A identidade do agressor está sob segredo de justiça, mas a imprensa local divulgou imagens da câmera de uma pequena mercearia.

Residentes de Arasse, a aldeia em que vive o suspeito, disseram que um grande número de policiais revista desde a área.

A arma com que teria realizado o ataque era de seu pai, que é vigilante e voluntário em guardas comunitárias, indicaram moradores.

Outro parente afirmou que o suspeito não é um radical e não estava filiado a nenhum movimento político.

Analistas citados pela imprensa sugerem que ele pode ter passado por um processo de radicalização que o levou a cometer o ataque, avaliação deduzida porque um Corão foi encontrado na bolsa que ele deixou na mercearia.

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