Polícia faz reconstituição de atropelamento e ciclista confirma que trafegava em faixa de ônibus
A Polícia Civil realizou nesta sexta-feira (21) a reconstituição do atropelamento que matou Florisbaldo Carvalho da Rocha, 78 anos, na última segunda-feira (17). O delegado Lupércio Antônio Dimov, titular do 23º Distrito Policial compareceu à reconstituição e afirmou que o objetivo deste procedimento é saber se o ciclista que atropelou o aposentado estava ou não trafegando na faixa de ônibus conforme disse no depoimento.
O delegado afirmou que, com a reconstituição, se ficar comprovado que o ciclista estava na faixa de ônibus, vai significar um agravante, já que este teria sido imprudente por não trafegar na ciclovia. Aos jornalistas, o ciclista confirmou que trafegava na faixa exclusiva de ônibus.
A Polícia segue com a investigação e o delegado disse que terá acesso a imagens de câmeras de segurança do comércio da região. A síndica do prédio onde morava o aposentado e o filho da vítima serõ ouvidos ainda nesta sexta-feira (21) pela polícia.
O caso
Florisbaldo Carvalho da Rocha foi atropelado por um ciclista na tarde da última segunda (17) ao atravessar a Rua Amaral Gurgel, sob o Elevado Costa e Silva, o “Minhocão”.
O aposentado morava em um condomínio naquela região central da cidade e atravessava a rua para ir ao mercado em frente ao prédio. Entre 14h30 e 15h, ele foi atingido no canteiro central da rua por uma bicicleta. O ciclista ficou no local e prestou os devidos socorros.
A vizinha Rosália de Souza, síndica do prédio de Florisbaldo, que testemunhou os primeiros momentos após o acidente, conta que o resgate “veio muito rápido”, mas já não havia muito o que fazer. “Eles tiveram que entubar o Seu Rocha aqui na porta de casa já. Ele saiu daqui já quase sem vida”, relata Rosária, que acompanhou o aposentado até o hospital. “A batida foi muito forte”.
Florisbaldo foi encaminhado à Santa Casa de Misericóridia, mas não resistiu ao ferimentos e acabou morrendo. O falecimento foi confirmado entre 17h e 18h e o corpo só foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) na terça (18).
A aposentada Erenita Carvalho da Rocha, viúva de Florisbaldo, conta que o aposentado teve epilepsia e problemas de saúde que comprometeram sua mobilidade, mas que nos últimos meses já estava melhor. “Fiquei mais de três meses dando banho nele porque ele ficou ruim, sem poder andar”. Recentemente, porém, ele se recuperou e já podia andar. “Agora que ele estava bem de saúde, corado, forte, sadio, bem mesmo, agora vem esse ciclista e tira a vida dele”.
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