Polícia Federal deflagra operação sobre esquema ilegal de comércio de diamantes

  • Por Jovem Pan
  • 08/12/2015 09h49

Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR)

Frame/Folhapress Polícia Federal

A Polícia Federal executa na manhã desta terça-feira (08) a Operação Crátons, derivada da Operação Lava Jato. A operação “filhote” investiga crimes ambientais e comércio ilegal de diamantes extraídos de terras indígenas dos cinta-larga, em Rondônia. Crátons são estruturas geológicas subterrâneas nas quais podem ser encontrados diamentes.

São cumpridos 90 mandados (11 de prisão preventiva, 41 de busca e apreensão, 35 de condução coercitiva e três de intimações para oitivas). Os 11 mandados de prisão são realizados em Rondônia.

São realizados mandados de busca e apreensão em locais ligados a doleiros do Distrito Federal, como num hotel no centro de Brasília. Além do DF e Rondônia, outros 8 estados são alvos da ação da PF: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso e Paraná.

As investigações apontaram que uma organização criminosa, formada por empresários, advogados, comerciantes, garimpeiros e indígenas, era responsável por financiar, gerir e promover a exploração de diamantes no chamado Garimpo Lage, que fica no interior da Reserva Indígena Parque do Aripuanã e de usufruto dos indígenas da etnia Cinta Larga.

Os investigados responderão por crimes como extração de recursos minerais sem autorização do órgão competente, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

A Operação não envolve policiais federais de Curitiba nem o Supremo Tribunal Federal. Ou seja, não há investigações autorizadas pelo juiz Sergio Moro nem relação com políticos de Brasília de foro privilegiado.

A Justiça Federal também determinou o sequestro de um imóvel, bem como do dinheiro encontrado nas contas dos principais investigados para o ressarcimento dos danos ambientais.

De acordo com o portal da revista Exame, o escritório Raul Canal & Advogados Associados é um dos alvos. As investigações estariam envolvidas ao doleiro Carlos Habib Chater, preso em março de 2014 após seu nome aparecer em ligação ao tráfico de drogas, ainda nos primórdios da Operação Lava Jato, no final de 2013.

Investigações ligadas aos Habib Chater levaram a polícia a desvendarem o esquema ilegal de diamantes.

Com Agência Brasil

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