Polícia impede mil afegãos de abordarem navio em ilha no mar Egeu

  • Por Agencia EFE
  • 04/09/2015 08h59
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Atenas, 4 set (EFE).- A polícia e a guarda litorânea da Grécia impediram nesta sexta-feira na ilha de Lesbos, no mar Egeu, que mil afegãos abordassem um navio em uma tentativa de abandonar o porto de Mitilene, onde estão retidos há dias.

Segundo informa a imprensa local, a polícia usou granadas atordoantes contra os afegãos que ao grito de “Atenas, Atenas” tinham tentado entrar à força na embarcação “Blue Star”.

A confusão só teve fim quando o navio conseguiu fechar a rampa de acesso e colocar-se em movimento, o que, por outro lado, deixou em terra centenas de passageiros regulares.

Na quarta-feira passada, o prefeito de Lesbos, Spyros Galinos, declarou o estado de emergência nesta ilha, transbordada há meses pela chegada em massa de refugiados e migrantes.

Galinos assinalou que nos últimos dois meses chegaram a Lesbos mais refugiados que o número de habitantes da ilha, ou seja, mais de 85.000, o que causou conflitos entre a população local e os refugiados, e também entre eles mesmos.

Ontem à noite chegou ao porto de Pireu em Atenas um navio procedente de Lesbos com 1.738 refugiados a bordo, no marco das operações de transferências que estão sendo realizadas diariamente das ilhas do mar Egeu.

Em outra destas ilhas, em Kos, também ocorreram ontem à noite enfrentamentos entre a população local e grupos de refugiados.

Kos é um dos focos principais desta crise migratória que a Grécia está vivendo há meses e será visitada hoje pelo vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, e o comissário de Interior e Migração, Dimitris Avramopoulos.

Segundo explicou ontem o ministro adjunto da Marinha Mercante, Jristos Zois, nos primeiros oito meses de 2015 chegaram à Grécia 230.000 pessoas buscando refúgio, dos quais 150.000 apenas nos meses de julho e agosto.

A maioria dos refugiados chega através das ilhas do Egeu, por sua proximidade com a Turquia, país que para muitos dos refugiados é a porta de entrada principal à União Europeia. EFE

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