Polícia Militar diz que quem pratica chacina é “bandido” e repudia “criminalização de classe”

  • Por Jovem Pan
  • 24/08/2015 09h33

Enterro de Eduardo Bernardino Cesar Marlene Bergamo/Folhapress Enterro de Eduardo Bernardino Cesar

A Polícia Militar se pronunciou pela primeira vez sobre a chacina que deixou 18 mortos em Osasco e Barueri e teria sido praticada por policiais. Dos 19 investigados pela Corregedoria, 18 são PMs e um é marido de uma policial.

A resposta veio em nota contra charge postada nas redes sociais que mostrava um policia com farda de dia e capuz à noite, “com o intuito de praticar chacinas”, como diz a própria Central de Comunicação Social da PMESP, que divulgou o texto.

A PM diz que o autor do desenho crítico, que seria de 2012, “generaliza toda uma classe de trabalhadores por conta de atos supostamente praticados por bandidos que integram temporariamente a Instituição”.

A instituição enaltece também a seriedade da Polícia Militar e diz: “Somos implacáveis contra desvios de conduta praticados por policiais, repudiamos toda e qualquer tentativa de criminalização da classe”.

Ao G1, o citado advogado Ariel de Castro Alves disse em nota oficial que não é o autor do texto e garantiu: “Não tive a intenção de promover ofensas, discriminações ou estigmatizações generalizadas com relação à Polícia Militar, seus trabalhadores e trabalhadoras e mesmo quanto aos seus símbolos. Minha única intenção foi apresentar meus protestos com relação à possível participação de alguns maus servidores públicos da Polícia Militar, ou de outras instituições, em Chacinas, Grupos de Extermínios e em execuções sumárias, conforme as apurações em curso na Cidade de Osasco”, afirmou, citando outras chacinas em 2006, 2012 e 2014.

Veja a nota completa da PM:

DIREITOS HUMANOS PARA QUEM?

Causou indignação o compartilhamento, via rede social Facebook, de uma charge discriminatória contra a Polícia Militar, no perfil do advogado Ariel de Castro Alves. A publicação afirma que os policiais militares utilizam o uniforme convencional, durante o dia, e outro, à noite, com o intuito de praticar chacinas.

Mais do que o infeliz autor da charge, é de se lamentar o fato de uma pessoa que se diz defensora dos direitos humanos generalizar toda uma classe de trabalhadores por conta de atos supostamente praticados por bandidos que integram temporariamente a Instituição.

É importante destacar que a Polícia Militar é uma das instituições mais sérias do poder público, agindo prontamente em casos de crimes eventualmente praticados por seus integrantes. Da mesma forma que somos implacáveis contra desvios de conduta praticados por policiais, repudiamos toda e qualquer tentativa de criminalização da classe, por parte de quem quer que seja.

Essa conduta iguala seu praticante àquilo que supostamente pretende combater, pois discrimina homens e mulheres honrados e que trabalham arduamente para uma sociedade melhor, com o sacrifício da própria vida.

CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA PMESP

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