Polícia paraguaia incinera 12 toneladas de maconha na fronteira com Brasil
Curuguaty (Paraguai), 29 jan (EFE).- Autoridades antinarcóticos incineraram hoje 12.351 quilos de maconha no departamento de Canindeyú, no Paraguai, na fronteira com o Brasil, local considerado um dos maiores centros de produção e tráfico da droga no país.
No interior de um poço, cavado na Terceira Divisão de Cavalaria do Exército, na cidade de Curuguaty, os agentes queimaram a droga, apreendida nos últimos anos no departamento em 17 investigações judiciais que continuam abertas.
O promotor de Canindeyú, Christian Roig, disse à Agência Efe que a apreensão de hoje é a maior quantidade de maconha queimada no Paraguai nos últimos anos.
“Canindeyú é um dos maiores centros de produção, a nova Meca do narcotráfico”, afirmou.
A maconha incinerada poderia ter alcançado um valor de US$ 600 mil dólares no Paraguai e de mais do triplo dessa quantia se tivesse chegado ao Brasil, segundo o promotor.
Três das doze toneladas queimadas foram descobertas no ano passado após uma investigação do jornalista Pablo Medina, correspondente na região assassinado pouco tempo depois ao lado de seu assistente, Antonia Almada.
O ex-prefeito pelo governista Partido Colorado Vilmar Acosta é considerado autor intelectual do assassinato e atualmente se encontra foragido.
O deputado pelo Partido Liberal Olimpio Rojas, da comissão bicameral que investiga o assassinato de Medina e Almada, disse à Efe que “existe um verdadeiro perigo” das drogas armazenadas em depósitos serem roubadas, como ocorreu em meados de janeiro no departamento de Amambay.
O Paraguai é o principal produtor de maconha da América do Sul, com uma produção estimada de 30 mil toneladas da droga em várias colheitas ao ano.
Além disso, o país é considerado um ponto de passagem para a produção de cocaína a partir da pasta base boliviana e de envio para Brasil e Argentina. EFE
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