Polícia queniana responsabiliza grupo separatista por ataques no litoral

  • Por Agencia EFE
  • 06/07/2014 11h55
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Nairóbi, 6 jul (EFE).- A polícia do Quênia responsabilizou o grupo separatista ilegal Conselho Republicano de Mombaça (MRC) pelos dois ataques realizados ontem em duas cidades do litoral, que matou 22 pessoas, publicou o jornal “Daily Nation”.

A milícia radical islâmica somali Al Shabab tinha reivindicado, através de seu porta-voz militar, a autoria dos ataques.

O MRC denuncia a discriminação que a região litorânea do Quênia, da qual Mombaça é a capital e cidade mais importante, sofre, e defende a separação desse território.

Em um dos ataques, ocorrido no condado de Tana Delta, entre 30 e 50 homens armados entraram uma delegacia de polícia e mataram uma dezena de pessoas, entre elas um agente.

O segundo incidente aconteceu em um centro comercial da cidade de Híndi, no condado de Lamu, onde os pistoleiros mataram mais de dez pessoas, informou a Cruz Vermelha queniana.

Os autores do ataque incendiaram alguns edifícios antes de fugir.

Vários ataques semelhantes deixaram mais de 60 mortos nas últimas semanas no litoral do Quênia.

Dois desses atentados, nas cidades de Mpeketoni e Poromoko, foram assumidos pela milícia radical islâmica somali Al Shabab, vinculada à rede terrorista Al Qaeda, que justificou estes dois ataques no Quênia em retaliação pelo assassinato de vários clérigos muçulmanos no país e pela presença de tropas quenianas na vizinha Somália.

Al Shabab, que em 2012 anunciou sua adesão formal à Al Qaeda, controla amplas regiões do centro e do sul do Somália, onde o frágil governo somali ainda não está tem condições de impor sua autoridade. EFE

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