Polícia reprime manifestação contra Copa em Brasília

  • Por Agencia EFE
  • 27/05/2014 19h16
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Brasília, 27 mai (EFE).- A polícia reprimiu nesta terça-feira com cavalos e gás lacrimogêneo cerca de duas mil pessoas que protestavam contra o Mundial e pretendiam chegar ao estádio de Brasília, onde era a taça que estará em jogo no torneio da Fifa era exibida.

O protesto foi convocado por movimentos sociais que se opõem ao Mundial e ao elevado gasto público que gerou, ao qual se uniram grupos de índios que hoje tinham se congregado em Brasília para exigir rapidez na demarcação de suas reservas.

Os manifestantes tentaram chegar ao estádio Nacional Mané Garrincha, onde era exibida a taça da Copa do Mundo, que hoje fez sua penúltima escala na capital, após ter sido mostrada em 89 países e dezenas de cidades brasileiras.

O troféu será levado amanhã para São Paulo, cidade que abrigará a abertura da Copa do Mundo em 12 de junho, com a partida disputada entre as seleções do Brasil e Croácia.

A manifestação foi convocada pelo Movimento de Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e o chamado Comitê Popular de Brasília, que fazem parte dos coletivos que se opõem à realização do evento da Fifa no Brasil sob o lema “Não vai a ter Copa”.

A manifestação começou no terminal de ônibus de Brasília, a cerca de dois quilômetros do estádio, para onde a multidão marchou em forma ordenada até ser contida por um forte cordão policial, o que gerou as primeiras desordens.

Alguns manifestantes lançaram pedras rumo aos policiais, que responderam com gás lacrimogêneo e tropas de cavalaria que carregaram contra a multidão e a dispersaram por momentos.

Os revoltosos, no entanto, se reagruparam várias vezes e se mantiveram nos arredores do estádio, embora não conseguiram se aproximar do local, ficando a pelo menos 500 metros dele.

Devido aos distúrbios, as autoridades bloquearam o trânsito pelo Eixo Monumental, uma cêntrica avenida de Brasília que leva ao estádio e se comunica com a Esplanada dos Ministérios, na qual se situam todos os edifícios do poder público, incluindo o Palácio presidencial e a sede do Congresso. EFE

ed/ff

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