Polícia retira parcialmente movimento “Occupy” de bairro ocupado em Hong Kong

  • Por Agencia EFE
  • 17/10/2014 00h14

Hong Kong, 17 out (EFE).- Uma operação policial retirou parcialmente o movimento “Occupy Central” do bairro de Mong Kok, em Hong Kong, na madrugada desta sexta-feira (data local).

Cerca de 50 manifestantes abandonaram as principais ruas quando os agentes de segurança avançaram para recolher as barricadas instaladas e restabelecer o tráfego na região após 20 dias de bloqueio.

A ação começou por volta de 5h30 no horário local (20h30 de quinta-feira, em Brasília), quando vários policiais cercaram os manifestantes na esquina da rua Nathan com a rua Argyle, onde se encontra o coração do movimento “Occupy” em Mong Kok, bairro mais povoado da ilha.

As forças de segurança começaram a retirar, além das barricadas, barracas e demais equipamentos instalados no local pelos ativistas, que ocuparam o bairro há 20 dias para exigir eleições democráticas em 2017 em Hong Kong.

Os policiais contaram com o auxílio de guindastes e caminhões para retirar os assentamentos do manifestantes e, em menos de duas horas, conseguiram restabelecer o trânsito no cruzamento, um dos principais da cidade.

Várias pessoas permaneceram sentadas nas ruas, sem oferecer resistência, enquanto assistiam à polícia desbloquear o trecho.

No entanto, por volta de 9h no horário local (23h de quinta-feira, em Brasília), outros manifestantes chegaram à região e se somaram ao grupo inicial para impedir que o “Occupy” fosse retirado definitivamente da área.

Fontes policiais voltaram a afirmaram que a limpeza das ruas não obedece a um plano para acabar com o movimento, apesar de convidarem os manifestantes a deixarem as vias.

Trata-se da terceira operação policial para tentar restabelecer o tráfego nas zonas ocupadas pelo “Occupy” e outros grupos estudantis na ex-colônia britânica.

A liberação do trânsito no bairro de Mong Kok ocorreu um dia depois de o chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chin-Yung dizer que a ocupação das ruas não deve continuar, dando a entender que esse tipo de operação continuará.

Os locais ocupados podem ficar livres antes mesmo do início do diálogo entre manifestantes e as autoridades, proposto ontem pelo líder do governo. EFE

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