Policial brasileiro foi assassinado com arma que matou jornalista paraguaio
Assunção, 5 fev (EFE).- A espingarda utilizada para matar um jornalista paraguaio e seu assistente em outubro também foi usada para assassinar outras duas pessoas: um intendente do Paraguai e um policial brasileiro, segundo o relatório legista divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério do Interior do Paraguai.
Pablo Medina, correspondente do jornal “ABC Color”, foi assassinado junto com sua assistente, Antonia Almada, um crime cuja autoria intelectual a promotoria atribuiu a Vilmar Acosta, um intendente do governante Partido Colorado que está foragido.
Além desse assassinato, Acosta é acusado de coletar e plantar maconha e era investigado por Medina em seus trabalhos jornalísticos.
Segundo uma investigação da Polícia Nacional, os assassinatos de Medina e Antonia, ocorridos no departamento de Canindeyú, foram cometidos com a mesma arma e o mesmo clã narcotraficante que assassinou pouco tempo antes o ex-intendente paraguaio Julián Núñez Benítez e o policial brasileiro Marcílio de Souza.
O delegado geral Críspulo Sotelo explicou que o relatório legista fornece “provas irrefutáveis” que evidenciam a participação da família Acosta nos crimes.
A promotoria acusou como autores materiais dos assassinatos de Medina e Antonia Wilson Acosta Marques, Flavio Acosta Riveros e Gustavo Acosta.
Os três, em paradeiro desconhecido, são parentes diretos de Vilmar Acosta.
O assassinato de Medina propiciou um debate no Paraguai sobre a suposta infiltração das redes do narcotráfico no sistema político do país sul-americano. EFE
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