Alcolumbre quer que empresa seja responsabilizada pelo apagão no Amapá

Para o senador, LMTE deve perder a concessão e o empreendimento deve ser assumido pela Eletronorte

  • Por Jovem Pan
  • 08/11/2020 23h13 - Atualizado em 08/11/2020 23h15
MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO - 16/09/2020 De máscara, o senador Davi Alcolumbre ajeita a gravata e olha para a sua esquerda Davi Alcolumbre vai cobrar investigação da Aneel sobre as responsabilidades da LMTE

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse neste domingo, 8, que vai cobrar uma investigação rigorosa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre as responsabilidades da Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE) pela subestação que pegou fogo e causou um apagão em 14 dos 16 municípios do Amapá. Para Alcolumbre, a empresa responsável deve perder a concessão e o empreendimento deve ser assumido pela Eletronorte. “Os amapaenses exigem a apuração das autoridades e que a responsabilidade de todos os fatos que levaram ao apagão no Estado sejam rigorosamente investigados”, disse. “É fundamental que se investiguem as causas que acarretaram o incêndio na subestação no Amapá. E que os responsáveis sejam exemplarmente punidos para que essa tragédia nunca mais se repita.”

O incêndio na subestação ocorreu na última terça-feira, 3, e deixou o Estado às escuras. A eletricidade começou a voltar no sábado, 7, pela manhã. O Ministério de Minas e Energia (MME) informou neste domingo, 8, que 76% do fornecimento foi restabelecido, mas a população afirma que há instabilidade na entrega de energia. A Justiça Federal, por sua vez, determinou multa diária de R$ 15 milhões para a concessionária caso o atendimento não seja retomado em até três dias. Em nota, a concessionária LMTE informou que “trabalha ininterruptamente e em conjunto com governos e órgãos reguladores para garantir o restabelecimento total do fornecimento de energia elétrica no Estado”. A empresa não comentou a decisão judicial nem o fato de que o presidente Jair Bolsonaro sugeriu que a culpa pelo apagão é dela. Ontem, em live nas redes sociais, Bolsonaro disse que “não queria culpar ninguém”, mas disse acreditar que a empresa falhou ao fazer a manutenção da linha. “Todos os recursos disponíveis, sejam humanos ou financeiros, foram colocados à disposição da força-tarefa montada para solucionar o problema. A concessionária continuará 100% mobilizada até que todos os consumidores de energia do Estado do Amapá sejam totalmente atendidos e que as soluções técnicas perfeitamente desenhadas e implementadas”, disse a empresa.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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