Alexandre de Moraes determina que PF ouça Marcos Cintra por questionar urnas

Economista, vice na chapa de Soraya Thronicke, teve sua conta retida do Twitter após uma série de questionamentos sobre o sistema eleitoral

  • Por Jovem Pan
  • 06/11/2022 20h15
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Reprodução/TSE alexandre-de-moraes-tse-eleiçoes-totalizacao-votos Alexandre de Moraes vê ataque ao TSE nas postagens do economista sobre questionando as urnas

O ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a Polícia Federal (PF) ouça o professor Marcos Cintra após questionar as urnas eletrônicas. Vice-presidente da Fundação Getúlio Vargas, Cintra teve sua conta no Twitter retida neste domingo, 6, após uma série de questionamentos sobre o processo eleitoral. O ministro proibiu o professor de publicar, promover, replicar e compartilhar ataques e notícias falsas sobre o processo eleitoral brasileiro, sob pena de multa diária de R$ 20 mil em caso não cumpra a determinação. Cintra foi candidato a vice na chapa de Soraya Thronicke na disputa presidencial nas eleições 2022. Moraes disse em sua decisão que o economista “utiliza as redes sociais para atacar as instituições democráticas, notadamente o Tribunal Superior Eleitoral, bem como o próprio Estado democrático de Direito, o que pode configurar, em análise preliminar, crimes eleitorais”. Segundo o magistrado, os questionamentos impõe a adoção de “medidas que restrinjam a divulgação de conteúdo falso – eminentemente antidemocrático –, em evidente violação à liberdade de expressão”.

Marcos Cintra fez uma série de questionamentos sobre as urnas no Twitter no sábado, 5, dizendo que as dúvidas sobre o sistema eleitoral são legítimas. “Há outras centenas, senão milhares de urnas com votações igualmente improváveis. Curiosamente, não há uma única urna em todo o país onde Bolsonaro tenha 100% dos votos”, escreveu o ex-secretário da Receita. “Se há suspeita em uma única urna, elas recaem sobre todo o sistema”, escreveu o professor. Após a confirmação da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), apoiadores do atual mandatário questionaram a lisura do sistema eleitoral e realizaram diversas manifestações pelo país.

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