CPI alega que defesa de Blanco manipulou provas apresentadas à comissão; veja como foi
Mensagens entregues aos senadores foram editadas; íntegra da conversa foi cedida voluntariamente por vendedor da Davati no Brasil
A CPI da Covid-19 ouve, nesta quarta-feira, 4, o tenente-coronel da reserva do Exército Marcelo Blanco. Ex-assessor de Roberto Ferreira Dias no departamento de Logística do Ministério da Saúde, ele testemunhou o suposto pedido de propina de US$ 1 por dose na compra de 400 milhões de doses da AstraZeneca que teria ocorrido em um jantar no dia 25 de fevereiro em um restaurante em Brasília. Ouvido no dia 1º de julho, o cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti, que se apresentou como representante da Davati Medical Supply, disse que recebeu um pedido de vantagem indevida de Dias, indicado do Centrão para o cargo. No dia 15 de julho, Cristiano Carvalho, outro vendedor da Davati, afirmou que Dominguetti o reportou um pedido de “comissionamento” que seria endereçado ao “grupo do Blanco”. O coronel chega à comissão amparado por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a decisão, o depoente pode ficar em silêncio em perguntas que possam incriminá-lo, mas tem a obrigação de falar sobre fatos que testemunhou. Acompanhe a cobertura ao vivo da Jovem Pan:
17:53 – Sessão encerrada
Depoimento de Marcelo Blanco é encerrado.
17:26 – Presidente da CPI da Covid-19 volta a defender afastamento de Mayra Pinheiro: ‘Essa senhora causou a morte de uma centena de amazonenses’
Nesta terça-feira, 3, a CPI da Covid-19 aprovou o pedido de afastamento de Mayra Pinheiro, a “capitã cloroquina”, do cargo de secretária de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde do Ministério da Saúde. Na sessão de hoje, o senador Omar Aziz (PSD-AM) voltou a defender que a Justiça seja célere para deferir a petição. “Não tem um inquérito contra essa senhora, que causou a morte de centena de amazonenses. Não vi, com vídeos comprovando [a atuação dela], ninguém tomar iniciativa de representar contra essa senhora. É um claro crime contra a vida. Não precisa do relatório final da CPI. Estamos pedindo o afastamento dela, esperamos que a Justiça seja ágil. Afaste imediatamente uma senhora que causou a morte de irmãos e irmãs minhas. Não estou trabalhando com o fígado, não estou trabalhando para fazer justiça com as próprias mãos ou usar órgãos para prejudicar A ou B, mas para fazer justiça a quase 600 mil brasileiros que perderam a vida por ineficiência ou omissão do governo federal”, afirmou.
17:20 – Omar Aziz critica inquérito da PF sobre suposto vazamento de depoimentos: ‘Não vamos permitir intimidação’
“O presidente desta Casa [senador Rodrigo Pacheco] será comunicado do que está ocorrendo. Não vamos permitir intimidação. Estamos tentando investigar não apenas a má gestão, mas a morte de quase 600 mil pessoas. Isso [o inquérito] nos entristece, porque é um fato atrás do outro. Está sendo difícil trabalhar, muito difícil. A colaboração é muito pequena. Não pensem que essa CPI está funcionando com estrutura. Estamos trabalhando com estrutura mínima, há uma quantidade muito grande de documentos para analisar. Tudo isso que estamos mostrando para o Brasil, não pensem que estamos com uma assessoria e uma estrutura. Pede-se informações para a Secom, não chegou 50% até hoje. Vamos representar contra o atual secretário, que não manda informações que estamos pedindo. Há uma dificuldade para se conseguir as informações. Não vejo, por parte dos órgãos, a não ser pelo ministro Alexandre de Moraes, rapidez para investigar fake news que mataram brasileiros. Não há iniciativa”, disse Omar Aziz.
17:15 – CPI da Covid-19 vai pedir trancamento de inquérito da PF aberto para apurar ‘vazamentos’ de depoimentos
A Polícia Federal (PF) anunciou a abertura de uma investigação para apurar o suposto “vazamento dos inquéritos e depoimentos” prestados à corporação no âmbito do inquérito que apura as denúncias de irregularidades na compra da Covaxin. Em nota, a PF afirmou que enviou a íntegra dos dois inquéritos e os depoimentos de oito pessoas gravados em vídeo e sem qualquer edição. “Em obediência às disposições processuais penais e com o objetivo de resguardar o andamento das investigações, a Polícia Federal solicitou à comissão parlamentar o necessário sigilo das oitivas”, diz o texto. Os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Fabiano Contarato (Rede-ES) afirmaram que a PF tem o intuito de intimidar a CPI da Covid-19 – a comissão vai pedir o trancamento do inquérito.
17:00 – Aziz: ‘O senhor tinha a obrigação de denunciar a picaretagem que estava instalada no Ministério da Saúde’
Há pouco, o coronel Blanco disse que foi alertado por um interlocutor que a proposta de Luiz Paulo Dominguetti não se sustentava, mas, mesmo assim, não tomou nenhuma providência. “O senhor tinha obrigação, por dever cívico, o senhor percebe que não é sério e não toma nenhuma iniciativa para poder frear esse tipo de picaretagem que estava instalada dentro do Ministério da Saúde”, afirmou Omar Aziz.
16:49 – ‘Precisamos comprar um detector de mentiras para essa CPI’, diz tucano
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) disse ao presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), que a comissão precisa comprar um detector de mentiras. O tucano perguntou a Marcelo Blanco se quem o apresentou a Luiz Paulo Dominguetti foi um homem identificado como coronel Odilon. Diante da resposta positiva, Izalci questionou se Blanco tinha conhecimento de que Odilon oferecia vacinas a vários Estados. “Não tinha conhecimento”, rebateu o depoente. “Senhor presidente, eu sou presidente da Frente Parlamentar Mista de Ciência, Tecnologia e Inovação, temos detector de mentiras para todo o lado. Precisamos comprar um para essa CPI, para a gente descobrir essas coisas. Não tem sentido isso que está acontece aqui. A gente fica aqui o dia todo, estou aqui desde 8h da manhã, e ouvimos isso”, afirmou o parlamentar do PSDB.
16:43 – ‘O senhor tem a cara de pau de vir a esta CPI para dizer que atuou sem intenções?’, questiona senador
Alessandro Vieira (Cidadania-SE) também citou o fato de o coronel Marcelo Blanco ter alterado a situação cadastral de sua empresa. Inicialmente, ela oferecia cursos de ensino à distância, mas passou a atuar na representação comercial de produtos da área da saúde. “O senhor tem a cara de pau de vir nessa CPI para se apresentar como uma pessoa que atuou sem intenções?”, questionou Vieira.
16:25 – Blanco falou com Dominguetti 108 vezes em um mês
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apontou, baseado nos dados obtidos pela CPI da Covid-19, que o coronel Marcelo Blanco manteve 108 conversas telefônicas em um intervalo de um mês com o policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que buscava vender vacinas da AstraZeneca. Em seu depoimento, Blanco disse, em mais de uma vez, que não intermediou nenhuma negociação para o governo do presidente Jair Bolsonaro, mas, sim, buscava imunizantes para o setor privado. “Em 30 dias, o senhor trocou 108 ligações com o senhor Dominguetti. Mais interessante ainda: dessas 108 ligações , 64 foram de iniciativa sua. Ligava duas vezes por dia”, disse Vieira. “Com a formação que tem, o senhor foi incapaz em 64 ligações de sua iniciativa e mais 44 de iniciativa do senhor Dominguetti, de compreender que [Dominguetti] era um estelionatário?”, acrescentou.
15:44 – Depois de Marcos Rogério atacar CPI, Omar Aziz reage: ‘Vossa Excelência não é menino para acreditar em história da carochinha’
Em seu tempo de fala, além de dizer que a sessão de hoje virou uma “encheção de linguiça”, o senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) disse que a CPI da Covid-19 não respeita “o devido processo legal”. A exposição irritou o presidente da comissão, que reagiu: “Onde o senhor não vê corrupção passiva, a gente vê. Onde o senhor não vê administração caótica, eu vejo, o Brasil está vendo. Isso é reflexo da presença do coronel Blanco aqui. Estamos no quarto ministro da Saúde, o Onyx Lorenzoni ocupa o quarto ministério em menos de três anos. Ele já foi ministro de tudo, é o maior quebra-galho que tem no Brasil. Se isso não for uma administração caótica, não entendo o que é. Todos que sentaram aqui, Elcio Franco, Pazuello, Roberto Dias e tantas outras pessoas do Ministério da Saúde mostraram para o Brasil quem estava conduzindo a maior crise de saúde do mundo, quem estava à frente disso. Não é só corrupção. Tem sim, corrupção passiva”, disse Aziz.
“O coronel Blanco disse que não pediu [propina], em momento algum, mas ele deve ser o cara mais humano que já vi na vida. Ele fez todo esse esforço [de apresentar Dominguetti ao Ministério da Saúde] a troco de quê? Um tapinha nas costas? Me erre. Me erre, meu irmão. Aqui não tem otário, não. Vossa Excelência não é nenhum menino para acreditar em história da carochinha. Vossa Excelência quer desclassificar a CPI toda hora. Isso que estamos mostrando é o governo que você defende, o governo desqualificado, sim, que permitiu que chegássemos a quase 600 mil mortes. O senhor defende um governo irresponsável, incompetente e com pessoas incompetentes”, acrescentou.
15:28 – Senador governista diz que sessão de hoje virou ‘encheção de linguiça’
O senador Marcos Rogério (DEM-RO) disse que a sessão desta quarta-feira, 4, virou uma “encheção de linguiça”. O governista destacou o fato de Marcelo Blanco ter dito que não houve pedido de propina no jantar que ocorreu em um restaurante de Brasília, em 25 de fevereiro. O parlamentar do DEM diz que, neste caso, só deveria interessar se houve o crime de corrupção passiva. “O resto é teoria do crime impossível”, disse, aos gritos.
15:23 – Senador diz que PF enviou depoimento de Pazuello com cortes e pede providências da CPI
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) apresentou questão de ordem solicitando que a CPI da Covid-19 oficie a Polícia Federal (PF), para que a corporação explique por que enviou o depoimento prestado pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, no âmbito do inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de prevaricação, com cortes às menções ao deputado Luis Miranda (DEM-DF) e ao chefe do Executivo federal.
15:13 – Blanco quis dar a Dominguetti a oportunidade de enviar documentos para atestar legalidade do processo
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) perguntou a Marcelo Blanco se ele não percebeu que a proposta de 400 milhões de doses da AstraZeneca ofertadas por Luiz Paulo Dominguetti era impossível de ser executada, entre outros motivos, porque a farmacêutica só negociava imunizantes com governos nacionais. O coronel da reserva do Exército disse que, a princípio, queria dar ao suposto vendedor a oportunidade de enviar documentos que pudessem fundamentar a oferta. O depoente também afirmou que não soube, de imediato, que a conversa “não parava em pé” porque não conhecia o mercado internacional de vacinas.
14:19 – Aziz rebate ataque de Bolsonaro: ‘É uma piada’
O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), reagiu ao ataque feito pelo presidente Jair Bolsonaro em entrevista a uma rádio, nesta quarta-feira, 4. O chefe do Executivo disse que quem tentou superfaturar vacinas “foi a turma do Renan, foi a turma do Omar Aziz”. “É uma piada”, disse Aziz. Ele também pediu que o senador Marcos Rogério (DEM-RO) explique ao presidente como funciona o Parlamento brasileiro. “Ele não aprendeu nada”, seguiu.
14:13 – Heinze erra ao defender tratamento precoce na CPI
O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) voltou a defender o tratamento precoce, comprovadamente ineficaz no combate à Covid-19. Há pouco, ele citou o fato de a Pfizer defender remédios antivirais que têm potencial para tratar a doença e disse que o governo Bolsonaro sempre pregou o uso de medicamentos desta natureza. Não é verdade. A cloroquina, por exemplo, amplamente divulgada pelo presidente da República, é um antiprotozoário, não um antiviral.
13:59 – Sessão é retomada
Fala, agora, o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), que se tornou titular da comissão após a nomeação de Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil.
13:25 – Depoimento suspenso por 30 minutos
Sessão será retomada após um breve intervalo para almoço.
13:03 – Blanco recebeu proposta para assumir cargo em empresa quando ainda estava na Saúde; ‘Vantagem indevida’, diz Aziz
Marcelo Blanco revela que recebeu uma proposta de um homem identificado como general Severo para trabalhar em “braço” da VTCLog que seria aberta no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Ele assumiria o cargo quando deixasse o Ministério da Saúde – quando foi procurado, no entanto, ele ainda estava no governo federal. “Vantagem indevida”, disse o presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM).
12:59 – Simone Tebet quer esclarecer se depoente, que é protegido por habeas corpus e mente, pode ser preso
Tebet também pediu que a comissão apresente novo agravo regimental ao STF. Blanco está amparado por um habeas corpus que lhe deu o direito de permanecer em silêncio em perguntas que o incriminem. No entanto, ele prestou o compromisso de dizer a verdade e está respondendo a todas as perguntas. Para a senadora, é necessário esclarecer se a testemunha, neste caso, pode “sair preso” da CPI da Covid-19.
12:56 – Simone Tebet pede acareação para checar ‘quem mente menos’ na CPI
Líder da bancada feminina, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) pediu que a comissão realize uma acareação para apurar “quem mente menos” na CPI da Covid-19. Para a emedebista, só assim será possível “fechar a caixinha” da investigação sobre os intermediadores. “A régua de hoje é a mesma de ontem. Ontem [no depoimento do reverendo Amilton] foi em nome de Deus, hoje é em nome do patriotismo. Nunca em nome próprio. Às custas da dor e das perdas, estavam todos interessados em outra coisa: comercializar com o governo contratos privados ou públicos para compra de vacinas superfaturadas”, disse Tebet.
12:33 – Depoimento é retomado após invasão de deputado
Randolfe Rodrigues reabriu a sessão após a invasão do deputado governista Reinhold Stephanes Junior (PSD-PR). Ele é filho do ex-ministro da Agricultura Reinhold Stephanes. “Esta comissão não aceitará atos de intimidação”, disse o vice-presidente da CPI da Covid-19. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), será notificado do ocorrido.
12:28 – Sessão é novamente suspensa
O deputado Reinhold Stephanes Junior (PSD-PR), da base do governo, invadiu a sessão da CPI da Covid-19 para insultar os integrantes da comissão. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que presidia momentaneamente a sessão, pediu que a Polícia Legislativa do Senado o autue. A sessão foi suspensa por cinco minutos.
12:14 – Blanco narra jantar no restaurante em Brasília e nega pedido de propina
O coronel Marcelo Blanco negou que tenha havido pedido de propina no restaurante Vasto, em Brasília, no dia 25 de fevereiro. Assim como Roberto Ferreira Dias, que saiu preso da CPI da Covid-19, o ex-servidor da Saúde diz que Luiz Paulo Dominguetti mentiu. De acordo com a versão de Blanco, eles não jantaram, pediram apenas uma entrada. No encontro, Dominguetti teria pedido apenas uma agenda no Ministério da Saúde. “Por que Dominguetti teria inventado um caso como este?”, questionou Renan Calheiros. “É o que todo mundo se pergunta”, rebateu Blanco.
12:09 – Depoimento é retomado
Relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL) segue inquirindo o depoente.
12:04 – Sessão é suspensa
Depoimento é suspenso por cinco minutos.
12:02 – CPI alega que defesa de Blanco manipulou provas apresentadas
Os advogados que acompanham Marcelo Blanco apresentaram supostas mensagens trocadas entre o coronel e Cristiano Carvalho, que se apresentou como vendedor da Davati no Brasil. No entanto, a CPI da Covid-19 alega que a defesa do depoente manipulou provas apresentadas à comissão. Segundo Omar Aziz (PSD-AM), presidente do colegiado, as conversas estão editadas. A íntegra das mensagens foram fornecidas voluntariamente por Cristiano. Para os senadores, Blanco apresentou conteúdo que lhe interessa. “Estou afirmando que está faltando parte das conversas que ele teve com o Cristiano”, disse Aziz. “Isso demonstra que ele mentiu”, acrescentou.
11:48 – Coronel é confrontado sobre contatos dentro do Ministério da Saúde
Marcelo Blanco é confrontado sobre sua relação com servidores do Ministério da Saúde e a intermediação feita com supostos vendedores, como Luiz Paulo Dominguetti. Há pouco, o presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), citou o fato de Blanco ter sido exonerado em janeiro deste ano, mas continuou na pasta. Em junho, há uma portaria assinada pelo número dois de Pazuello, Elcio Franco Filho, dispensando o depoente e nomeando um diretor substituto para o departamento de Logística.
11:12 – Blanco não viu ‘mal algum’ em levar Dominguetti a jantar com Roberto Dias
Marcelo Blanco afirmou há pouco que sabia que Roberto Ferreira Dias, então diretor de Logística do Ministério da Saúde, estaria no restaurante Vasto, em Brasília, no dia 25 de fevereiro, e não viu “mal algum” em apresentar Luiz Paulo Dominguetti a Dias, mesmo sem avisá-lo. Vale destacar que o suposto pedido de propina teria ocorrido neste encontro.
10:52 – Randolfe diz que tratativa de Blanco ocorria antes de projeto que permitia compra de vacinas para o setor privado
Nas mensagens mostradas, coronel Blanco e Dominguetti discutem supostamente sobre a venda de vacinas para o setor privado no início de fevereiro. O vice-presidente da CPI da Covid-19, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pediu a palavra para esclarecer que a primeira reunião para discutir o projeto de lei ocorreu no dia 18 de fevereiro. O PL foi aprovado no dia 23 de fevereiro e sancionado em 11 de março. Ou seja: a possibilidade de compra de vacinas por entes privados ocorreu depois das conversas exibidas. O presidente, Omar Aziz (PSD-AM), disse que Blanco poderia ter informações privilegiadas, uma vez que as leis ainda não existiam.
10:35 – Blanco diz que foi procurado por Dominguetti no início de fevereiro
Marcelo Blanco afirmou que foi procurado pelo cabo da PM de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti no início de fevereiro. Ele mostra mensagens trocadas pelo WhatsApp com o suposto vendedor da Davati Medical Supply. Segundo o depoente, no início, tratavam sobre a venda de vacinas para o setor privado – à época, havia um projeto de lei tramitando na Câmara dos Deputados. O ex-assessor do Ministério da Saúde admitiu que não procurou informações sobre a idoneidade da Davati.
10:24 – Aziz lê decisão de Fux que dá à CPI a prerrogativa de avaliar se depoente abusa do direito ao silêncio
O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), fez a leitura da decisão do ministro Luiz Fux em agravo regimental apresentado pela comissão no dia em que a diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, depôs à comissão. O presidente do STF deu ao colegiado a prerrogativa de avaliar se o depoente abusa do direito ao silêncio. O entendimento será aplicado na oitiva do coronel Blanco.
10:19 – Coronel Blanco é chamado ao plenário
O depoente é chamado ao plenário da CPI. Ele está amparado por um habeas corpus, concedido pelo STF, que lhe dá o direito de ficar em silêncio em perguntas que possam incriminá-lo.
10:16 – Sessão é iniciada
Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid-19, abriu os trabalhos desta quarta-feira, 4.
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