Depoimento de Wajngarten será encaminhado ao MPF; veja como foi

Presidente da CPI, Omar Aziz, acatou pedido feito pelo senador Humberto Costa; Procuradoria da República do DF vai apurar se houve falso testemunho

  • Por Jovem Pan
  • 12/05/2021 09h26 - Atualizado em 12/05/2021 19h53
  • BlueSky
Alan Santos/PR Empresário comandou a Secom no governo Bolsonaro Wajngarten é o quinto a depor à comissão parlamentar de inquérito

A CPI da Covid-19 ouve, nesta quarta-feira, 12, o ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) Fabio Wajngarten. A oitiva é a mais aguardada desta segunda semana de trabalhos da comissão, instalada para apurar as ações e omissões do governo do presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia do novo coronavírus. A negociação da União com a farmacêutica Pfizer para a aquisição de 70 milhões de doses do imunizante estará no centro do debate – justamente por isso, a direção do colegiado decidiu que irá pedir a quebra dos sigilos telefônico e telemático do ex-secretário.

Como a Jovem Pan mostrou, a escassez de vacinas será atribuída ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, mas o teor do depoimento de Wajngarten é visto com ressalvas por auxiliares do chefe do Executivo federal. O ex-chefe da Secom foi convocado a depor após uma entrevista concedida à revista Veja, na qual afirma que o governo brasileiro recusou a oferta da Pfizer, em agosto do ano passado, porque houve “incompetência” e “ineficiência” dos gestores do Ministério da Saúde, à época comandado pelo general do Exército. Acompanhe a cobertura abaixo:

19:47 – Sessão é encerrada

Omar Aziz encerrou a sessão desta quarta-feira. A próxima reunião está convocada para às 09h desta quinta-feira, 13. Os senadores ouvirão o depoimento de Carlos Murillo, ex-presidente da Pfizer no Brasil.


19:43 – Aziz sobre pedido de prisão de Wajngarten: ‘Não vou ter essa parcimônia em outros depoimentos’

Antes de passar a palavra para a última senadora inscrita para questionar Wajngarten, o presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz, voltou a falar sobre o pedido de prisão do ex-chefe da Secom. “Hoje eu posso não ter tomado a decisão que muitos queriam, mas você trouxe uma contribuição que nenhum outro trouxe. Não se iluda. Eu não vou ter essa parcimônia em outros depoimentos que teremos aqui. Se alguém achar que vai brincar com a CPI, que vai intimidar a CPI, está muito enganado comigo. Podem falar o que quiser da minha vida. Inventem e façam o que quiser. As pessoas vem aqui encarar a gente, temos que aguentar. Vamos deixar claro: Vossa Excelência não pense que o pior na sua vida seria a prisão. O pior é o legado, que você construiu com muito trabalho, e perdeu hoje nessa CPI”, finalizou Aziz.


19:39 – Aziz critica declaração do ministro da Saúde sobre atuação do governo contra pandemia

Omar Aziz também fez críticas à declaração do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que afirmou, mais cedo, que nunca é tarde para atuar contra a Covid-19. De acordo com o presidente da CPI, o titular da pasta será reconvocado. “Antes de eu subir, vi o atual ministro [Marcelo Queiroga], que mentiu mais do que você, e vai voltar aqui. Vai ter que dizer como diz ‘nunca é tarde’ depois de 425 mil mortes. Não é tarde para você, ministro, que não perdeu nenhum familiar, nenhum amigo. Não é tarde para você, que não ficou órfão. É tarde sim, ministro. Poderíamos ter resolvido isso muito antes”, disse.


19:32 – ‘Prisão seria o menor castigo que você vai sofrer na vida’, diz Aziz a Wajngarten

Antes da última senadora fazer questionamentos a Fabio Wajngarten, o presidente da CPI subiu o tom contra o ex-chefe da Secom. “A prisão seria o menor castigo que você vai sofrer na vida. Hoje, aqui, você não ficou bem com ninguém. Você entregou um documento [a carta da Pfizer] que nenhum de nós tinha conhecimento. Você não agradou o governo, ninguém. Você vai sofrer, isso eu lhe digo, porque posso lhe dar um conselho pela experiência que tenho de vida. A vida machuca a gente. A prisão não seria nada mais terrível do que perder a credibilidade, a confiança e o legado que você construiu até agora. Por isso, lhe aconselho: quando Vossa Excelência for chamado para falar sobre o que aconteceu aqui hoje, procure falar a verdade. Eu sei que as coisas não vão parar aqui. A CPI tem desdobramentos e, às vezes, eles demoram anos para sair de nossas vidas. É muito fácil a gente fazer uma acusação num dia. Você passa uma vida toda se defendendo dela. Jogar uma pedra é a coisa mais fácil. Ninguém pode vir aqui na CPI achando que vai me intimidar. Minha vida é todo dia jogada na internet. Não tenho medo do que direita, centro e esquerda possam falar de mim. Dentro da CPI, vou procurar ser correto. Não vou fazer justiça com o fígado, vou fazer justiça para que cada brasileiro tenha duas vacinas”, disse.


19:09 – Depoimento de Wajngarten será encaminhado ao Ministério Público Federal

No retorno da sessão, o presidente da CPI da Covid-19 anunciou que acatou questão de ordem apresentada pelo senador Humberto Costa (PT-PE). O petista requisitou o envio de uma cópia do depoimento do ex-chefe da Secom para a Procuradoria da República do Distrito Federal, a quem caberá apurar se Wajngarten mentiu à comissão. O despacho sugere prisão por falso testemunho.


19:07 – Sessão é retomada

Omar Aziz retoma o depoimento de Fabio Wajngarten.


17:59 – Sessão da CPI da Covid-19 deve ser retomada em até uma hora

O depoimento de Fábio Wajngarten foi suspenso em razão da sessão ordinária do Senado Federal, mas será retomado em até uma hora, segundo estimativa dos senadores. Antes da suspensão, o relator da CPI da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL) bateu boca com o filho do presidente Jair Bolsonaro, senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).


17:30 – Alessandro Vieira pede quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático de Wajngarten 

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), pediu à CPI da Covid-19 a quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático de Fabio Wajngarten. No requerimento, o parlamentar afirma que o ex-chefe da Secom “fazia parte de um grupo de assessores informais que, de alguma maneira, influenciava a tomada de decisões do atual Governo diante de uma crise que ceifava a vida de milhares de brasileiras e de brasileiros”. “O seu relato pessoal diante desta Comissão, ainda que nos tenha parecido eivado de inverdades, imprecisões e relatos falsos, que parecem constituir uma obsessão de quem hoje nos governa, não deixa dúvidas sobre o fato de que Sua Senhoria tomava parte, de alguma forma, da tomada de decisões que implicava a vida ou a morte de muitas pessoas no solo nacional”, acrescenta o documento.


17:12 – Flávio Bolsonaro chama Renan Calheiros de vagabundo; sessão é suspensa

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi até a CPI da Covid-19 e trocou insultos com o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL). O filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro criticou o pedido de prisão feito pelo emedebista. “Imagina a situação. Um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como Renan Calheiros”, disse Flávio. “Você que é vagabundo, roubou dinheiro do pessoal do seu gabinete”, rebateu o relator. Na sequência, o filho do presidente soltou um palavrão: “vai se f***”. A sessão foi suspensa pelo presidente Omar Aziz (PSD-AM).


16:55 – Pedido de prisão de Fabio Wajngarten racha ‘G7’ da CPI

O pedido de prisão de Fabio Wajngarten causou um racha no chamado G7, grupo formado por sete senadores que integram a CPI da Covid-19. O relator Renan Calheiros (MDB-AL) e o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), defenderam a prisão do ex-chefe da Secom, alegando que ele mentiu. O presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), outro membro do G7, foi contra. “Eu não tomarei essa decisão. Tenho tomado decisões muito equilibradas. Mas ser carcereiro de alguém, não. Eu sou um democrata. Se ele mentiu, temos como pedir o indiciamento dele ao Ministério Público. Aqui não é um tribunal de julgamento”, disse Aziz.


16:51 – ‘Estou salvando a CPI ao impedir a prisão de Wajngarten’, diz Omar Aziz

Diante dos pedidos de prisão de Fabio Wajngarten, o presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM) afirmou que está “salvando” a comissão ao impedir a detenção do ex-chefe da Secom. Aziz afirma reiteradamente que colegiado não pode ser um tribunal que condena sem investigar.


16:44 – ‘Se depender de mim, eu não vou mandar prender o Fabio Wajngarten’, diz presidente da CPI

O presidente da CPI da Covid-19 disse que não vai mandar prender Fabio Wajngarten. “Temos que ter muita cautela para não parecer aqui que somos um tribunal que está ouvindo e já condenando. Não é impondo a prisão que a CPI não vai dar resultado”, disse o senador Omar Aziz (PSD-AM). “Eu não tomarei essa decisão. Tenho tomado decisões muito equilibradas. Mas ser carcereiro de alguém, não. Eu sou um democrata. Se ele mentiu, temos como pedir o indiciamento dele ao Ministério Público. Aqui não é um tribunal de julgamento”, acrescentou.


16:37 – ‘Se esse depoente não sair daqui preso, essa comissão não terá condição de fazer qualquer outra coisa’, diz senador

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) é mais um a pedir a prisão de Fabio Wajngarten por ter mentido à CPI da Covid-19. “Se esse depoente não sair daqui preso, essa comissão não terá condição de fazer qualquer outra coisa”, afirmou. “Ele faltou com a verdade e está em estado flagrancial”, acrescentou o parlamentar.


16:30 – Renan Calheiros pede a prisão de Fabio Wajngarten

O relator da CPI da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL), pediu a prisão de Fabio Wajngarten por ter mentido à comissão. A decisão caberá ao presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM). “Esse espetáculo de mentiras que vimos aqui é algo que não vai se repetir e não pode servir de precedente”, disse Calheiros.


15:57 – ‘É melhor mentir à Veja do que mentir à CPI. Aqui dá cadeia’, diz Alessandro Vieira

O senador Alessandro Vieira leu outra passagem da entrevista de Wajngarten à revista Veja, na qual afirma que teve o aval do presidente Jair Bolsonaro para mobilizar “diversos setores da sociedade” em busca de vacinas contra a Covid-19. À CPI, disse que não tinha aval nenhum. “Então o senhor mentiu à Veja? É melhor mentir à Veja do que mentir à CPI. Aqui dá cadeia”, disse o parlamentar.


15:46 – ‘Quem são as pessoas que orientam erroneamente o presidente da República?’, questiona senador 

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) volta a citar um trecho da entrevista do ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten à revista Veja, na qual afirma que o presidente Jair Bolsonaro era desinformado por auxiliares. “Quem são as pessoas que orientam erroneamente o presidente da República?”, questionou Vieira. Wajngarten silenciou. “Tem um sujeito oculto, então?”, acrescentou o senador.


14:28 – Agenda de Wajngarten contradiz depoimento dado à CPI da Covid-19 

Aos senadores, Fabio Wajngarten afirmou que teve dois encontros com representantes da Pfizer, registrados em sua agenda oficial: o primeira, em 17 de novembro de  2020; o segunda, em 7 de dezembro do mesmo ano. Nos registros da agenda constam vários compromissos, mas nenhum deles com membros da farmacêutica. Veja na imagem abaixo a agenda oficial do dia 17 de novembro de 2020.

Imagem


14:24 – Presidente da CPI da Covid-19 requer ‘envio urgente’ da gravação da entrevista de Wajngarten à Veja

O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), apresentou, há pouco, um requerimento para “envio urgente” da gravação da entrevista concedida por Fábio Wajngarten à revista Veja. “Requisito, em caráter URGENTE, nos termos do art. 58, §3º, da Constituição Federal e do art. 148 do Regimento Interno do Senado Federal, a gravação que originou a matéria da Revista Veja com o Sr. Fábio Wanjgarten, veiculada no dia 22 de abril pela internet e no dia 28 abril na edição impressa (nº 2735). A presente requisição tem o objetivo de susidiar os trabalhos investigativos da CPI-Pandemia, especialmente esclarecer as declarações prestadas pelo Sr. Fábio Wanjgarten durante a reunião da Comissão no dia 12 de maio de 2021”, diz um trecho do requerimento.


14:02 – ‘Por que nenhum desses assessores procurou a Pfizer?’, questiona Omar Aziz 

O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), subiu o tom contra o governo. Ele cita a carta enviada em setembro de 2020 pela Pfizer ao presidente Jair Bolsonaro e endereçada também ao vice-presidente Hamilton Mourão, aos ministros Braga Netto (então na Casa Civil), Eduardo Pazuello (então na Saúde) e Paulo Guedes (Economia), e ao embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Forster. “Por que nenhum desses assessores procurou a Pfizer?”, questionou Aziz. Houve um intervalo de seis meses entre o envio da carta da farmacêutica e a edição de uma medida provisória que dava segurança jurídica ao governo para a aquisição do imunizante.


13:56 – Wajngarten volta a dizer que nenhuma autoridade do governo Bolsonaro respondeu à Pfizer por dois meses

Questionado pelo vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), sobre a carta enviada pela Pfizer ao governo brasileiro oferecendo vacinas contra o novo coronavírus, o ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten voltou a dizer que nenhuma autoridade respondeu à farmacêutica por dois meses – o documento foi enviado no dia 12 de setembro, mas o primeiro contato foi feito pelo ex-secretário apenas no dia 9 de novembro. No mesmo dia, Wajngarten alertou o presidente Jair Bolsonaro sobre a procura da farmacêutica.


13:33 – Sessão retomada

Depoimento do ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten é retomado com fala do senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do Progressistas e um dos principais aliados de Bolsonaro no Congresso Nacional.


13:27 – Sessão é novamente suspensa

O vice-presidente da CPI da Covid-19, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), suspendeu a sessão para um breve intervalo, solicitado por Fabio Wajngarten.


13:23 – Humberto Costa cita campanhas negacionistas da Secom 

O senador Humberto Costa (PT-PE) leu e exibiu trechos das campanhas feitas pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) defendendo medicamento ineficazes no tratamento contra a Covid-19 e o chamado “isolamento vertical”, tese segundo a qual apenas integrantes do grupo de risco devem ser isolados.


12:40 – Renan Calheiros diz que, se ficar comprovado que Wajngarten mentiu à CPI, pedirá sua prisão

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) pediu ao presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz, que requisite o áudio da entrevista concedida por Fabio Wajngarten à revista Veja. “Requisite o áudio da revista Veja para verificarmos se o secretário mentiu ou não mentiu. Se não mentiu, a Veja terá que pedir desculpas. Se mentiu, terá desprestigiado e mentido ao Congresso Nacional, o que é um péssimo exemplo. Se ele não mentiu, que se retrate. Se mentiu à Veja e a esta comissão, vou requerer a prisão do depoente, apenas para dizer isso e para não dizerem que não estamos tratando a coisa com a seriedade que esta investigação requer”, afirmou o senador do MDB.


12:35 – Renan Calheiros: Wajngarten é prova de aconselhamento externo a Bolsonaro

Relator da CPI da Covid-19, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que o ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten é “prova do aconselhamento paralelo” ao presidente Jair Bolsonaro, por ter intermediado a negociação com a Pfizer para a aquisição de vacinas contra o novo coronavírus. O emedebista pediu ao presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), a gravação da entrevista dada por Wajngarten à revista Veja.


12:22 – No intervalo da sessão, Carla Zambelli disse que Renan Calheiros estava “ameaçando” Wajngarten

No intervalo da sessão, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), integrante da tropa de choque bolsonarista na Câmara dos Deputados, disse que Renan Calheiros (MDB-AL) estava “ameaçando” Fabio Wajngarten, de quem a parlamentar é amiga pessoal. “A senhora é da CPI?”, questionou o emedebista. Zambelli estava no plenário da CCJ do Senado, onde a comissão realiza os trabalhos, sentada ao lado do senador Eduardo Girão (Podemos-CE).


12:16 – Desconheço orientação contra coletivas de imprensa, diz Wajngarten

Fabio Wajngarten disse que não tinha conhecimento de orientação contra coletivas de imprensa do Ministério da Saúde para a divulgação de informações sobre a pandemia do novo coronavírus. As coletivas eram realizadas diariamente pelo então ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, mas se tornaram cada vez menos frequentes nas gestões de Nelson Teich e Eduardo Pazuello.


12:00 – CPI da Covid-19 retoma depoimento de Fabio Wajngarten

O senador Omar Aziz (PSD-AM) retomou a sessão após um breve intervalo e afirmou que, caso Fabio Wajngarten não seja objetivo em suas respostas, será dispensado. O parlamentar também disse que solicitará à revista Veja a gravação da entrevista e, se ficar comprovado que há contradição nas versões, poderá ser reconvocado, desta vez na condição de investigado.


11:48 – Aziz suspende sessão

Após críticas às respostas de Wajngarten, o senador Omar Aziz (PSD-AM) suspendeu a sessão. Clima esquentou na CPI da Covid-19. Há pouco, o presidente da comissão disse que “ninguém é imbecil aqui” e afirmou que o ex-chefe da Secom estava “mentindo para todos nós”.


11:45 – ‘Ninguém é imbecil aqui. O senhor está mentindo para todos nós’, diz Omar Aziz a Wajngarten

Irritado com as respostas evasivas de Wajngarten ao relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), o senador Omar Aziz subiu o tom contra o ex-chefe da Secom. “O senhor só está aqui por causa da entrevista à revista Veja, senão a gente nem lembraria que você existia. Não tem outra razão para você estar aqui. Você chamou Pazuello de incompetente na entrevista. O senhor está tangenciando nas respostas. Ninguém é imbecil aqui. O senhor está mentindo para todos nós”, disse Aziz. Renan Calheiros citou trecho da entrevista na qual afirmava que o Bolsonaro era abastecido com desinformação e questionou quem orientava  o presidente da República. “Desconheço quem tenha orientado Bolsonaro”, disse Wajngarten.

11:40 – ‘Cabe numa mão as vezes em que conversei com o vereador Carlos Bolsonaro’ 

Fabio Wajngarten disse ao senador Renan Calheiros (MDB-AL) que, nos dois anos em que esteve à frente da Secom, “cabe em uma mão as vezes em que conversei com o vereador Carlos Bolsonaro”. O emedebista fez uma série de questionamentos sobre a existência de um suposto “gabinete paralelo” de assessoramento do presidente Jair Bolsonaro para a definição de políticas de combate à pandemia.


11:29 – ‘Incompetência é ficar refém da burocracia’, diz Wajngarten

Questionado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) sobre a gestão de Pazuello à frente do Ministério da Saúde, Fabio Wajngarten disse que o ex-ministro “foi corajoso de assumir uma pasta no pior momento da história do Brasil e talvez o pior da história do mundo. Poucos teriam tido a coragem que ele teve de sentar num ministério no meio da maior pandemia que o Brasil teve”. “Lamentei muito a saída do doutor Teich, um médico técnico, preparado. adoraria que tivéssemos um médico na pasta, caminhássemos de forma mais tranquila”, acrescentou. Na sequência, disse que a “incompetência” à qual se referiu na entrevista à revista Veja é “ficar refém da burocracia”.


11:19 – Wajngarten diz que documentos da Pfizer estão armazenados em computador da Secom

Na entrevista que concedeu à revista Veja e motivou sua convocação à CPI, Wajngarten disse que guardou emails, registros telefônicos e minutas de contrato da Pfizer. “O secretário se reuniu com diretores da Pfizer, discutiu cláusulas, conseguiu reduzir preços, obteve compromissos de antecipação da entrega de volumosos lotes do imunizante, mas o acordo não prosperou”, diz um trecho da reportagem. Agora, à comissão, afirma que os documentos não estão com ele, mas em um computador da Secom, e nunca participou das tratativas. “É só colocar a minha senha, os documentos estarão lá”.


11:10 – ‘Governo não responder carta da Pfizer por dois meses’, afirma Wajngarten

Fabio Wajngarten disse que teve acesso à carta da Pfizer com oferta de vacinas contra a Covid-19 ao Brasil em setembro de 2020 e que, até o dia 9 de novembro do mesmo ano, o governo não havia respondido à farmacêutica. Ele ressaltou, porém, que nunca participou de negociações com a empresa.


11:05 – ‘Nunca tive acesso à oferta de 70 milhões de doses da Pfizer’, diz Wajngarten 

“Nunca partiu de mim, em nenhuma reunião com a Pfizer, o número de 70 milhões de doses da vacina. As propostas da Pfizer, no começo da conversa, ela falava em irrisória 500 mil vacinas”, afirmou Wajngarten. “Por que o secretário entrou no assunto das vacinas? O dono de um veículo de comunicação me procurou”, esclareceu.


10:53 – ‘Não sei medir o impacto de uma fala do presidente da República’, afirma Wajngarten

Questionado pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre o impacto das declarações do presidente Jair Bolsonaro contra a vacinação, por exemplo, Fabio Wajngarten ressaltou que não concorda “com todas as frases” do chefe do Executivo federal, mas disse que não sabe “medir o impacto de uma fala do presidente da República”.


10:42 – Bolsonaro não interferiu na produção de campanhas contra a Covid-19, diz Wajngarten

Fabio Wajngarten afirmou há pouco que o presidente Jair Bolsonaro “nunca pediu que fizesse campanha sobre nenhum tipo” enquanto ele esteve à frente da Secom. “Se houvesse qualquer interferência, eu pegaria a minha mala e voltaria para a minha empresa e minha família em São Paulo”, disse.


10:30 – Secom fez campanhas contra Covid-19 desde fevereiro de 2020 

O ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten afirmou que a Secom realizou 11 campanhas contra a Covid-19 desde fevereiro de 2020. Ele disse que é um equívoco dizer que o governo federal não investiu em ações de prevenção e conscientização da população. “Por que pode parecer que não teve campanha? A comunicação evoluiu, estamos imersos na bolha de Brasília. A gente está na guerra no zap [WhatsApp] aqui”, afirmou.


10:16 – ‘Levei o assunto Pfizer a Bolsonaro na busca de uma solução rápida’, afirma Wajngarten

Em sua fala inicial, Fabio Wajngarten disse que procurou o presidente Jair Bolsonaro para tratar sobre a oferta de vacinas contra a Covid-19 feita pela Pfizer “quando soube, em novembro do ano passado”, que a farmacêutica enviou uma carta ao governo federal. “Tentei imediatamente auxiliá-lo em eventual impasse. Naquela altura, o maior desejo da sociedade era um só: vacinas. Daí vi por bem levar o assunto Pfizer ao presidente Bolsonaro, na busca de uma solução rápida. E assim foi feito”, explicou.


10:09 – ‘Honestidade e verdade são valores inquebrantáveis’, diz Wajngarten

Em sua exposição inicial, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten disse que “a honestidade e a verdade são valores inquebrantáveis, que guiam a nossa vida, nossa trajetória pessoal e profissional. Sem elas, não somos dignos da existência humana”.


10:05 – Wajngarten chega para depor

Após mais de 30 minutos de discussão sobre o repasse de recursos a Estados e municípios, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten chegou ao plenário da CCJ do Senado para depor.


09:58 – Líder do governo diz que Renan Calheiros que ser “relator universal” 

Na esteira da discussão sobre transferência de recursos para Estados e municípios, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse ao relator da CPI da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL) quer ser “o relator universal de todos os fatos da República”, rebatendo a declaração de Calheiros sobre a suposta existência de um “orçamento secreto” de R$ 3 bilhões para distribuir emendas parlamentares em troca de apoio no Congresso Nacional.


09:55 – Bate-boca entre senadores pode atrasar início de depoimento de Wajngarten

No início da sessão, o presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), disse que o depoimento do ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten começaria pontualmente às 10h. Porém, os parlamentares estão discutindo sobre convocação de prefeitos e governadores há quase 30 minutos.


09:50 – Senadores governistas cobram depoimentos de prefeitos e governadores

Os senadores Marcos Rogério (DEM-RO), Ciro Nogueira (PP-PI) e Eduardo Girão (Podemos-CE), alinhados ao Palácio do Planalto, utilizam os primeiros minutos da sessão desta quarta-feira para cobrar do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), a convocação de prefeitos e governadores. “Precisamos seguir o dinheiro”, disse Rogério, em alusão às verbas federais repassadas a Estados e municípios. “A CPI está pensa”, afirmou Girão, que voltou a pedir uma alternância de oitivas entre agentes públicos ligados à União e aos governos estaduais. “Só são depoimentos de agentes públicos do governo federal”, disse o parlamentar do Podemos.


09:27 – Omar Aziz abre sessão desta quarta-feira

O presidente da CPI da Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM), abriu há pouco a sessão destinada ao depoimento do ex-chefe da Secom, Fabio Wajngarten.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.