CPI aprova relatório que pede indiciamento de Bolsonaro e mais 79 nomes; documento será entregue à PGR; veja como foi
Além do presidente da República e de seus três filhos, documento inclui duas empresas, a Precisa Medicamentos e a VTCLog
No ato final da CPI da Covid-19, os senadores votam, nesta terça-feira, 26, o relatório final da comissão, de autoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL). Minutos antes do início da sessão, o G7, grupo do colegiado formado pelos parlamentares independentes e de oposição, ainda debatia a inclusão ou não do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e do ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campêlo na lista de pedidos de indiciamento – os dois nomes foram colocados no parecer de Calheiros, a pedido do senador Eduardo Braga. Segundo o senador Otto Alencar (PSD-BA), a decisão só ocorreu após um acordo costurado na noite desta segunda-feira, 25, entre Braga e o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM). Assim, o bloco majoritário deve garantir os sete votos para a aprovação do texto.
“Consegui que o Eduardo Braga conversasse com o Aziz [sobre esse assunto], até porque a CPI surgiu pelo requerimento que foi feito em razão da crise de Manaus. Tivemos problemas com o secretário de Saúde, com o governador, que é réu dentro desse processo, várias ações da PF. Nessa conversa do Aziz com Braga, eu estava presente e praticamente se chegou à conclusão de que deveria constar o nome do governador e do secretário de Saúde como indiciados. Ficou mais ou menos combinado. Falei com o Renan Calheiros hoje de manhã e com o Eduardo Braga e acho que isso é o que vai constar no relatório”, disse Otto. No total, o relatório do senador Renan Calheiros pedirá o indiciamento de 81 nomes – 79 pessoas e duas empresas. Acompanhe a cobertura ao vivo da Jovem Pan:
20:35 – A 69ª e última reunião da CPI está encerrada
O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid-19, encerrou a última sessão da comissão. “A CPI, depois de seis meses, encerra os seus trabalhos. Agora é uma nova etapa: encaminhar o relatório aos órgãos competentes, para que possamos fazer justiça ao povo brasileiro”, disse.
20:30 – Por 7 votos a 4, CPI aprova relatório que pede indiciamento de Bolsonaro e mais 79 nomes
Por 7 votos a 4, a CPI da Covid-19 aprovou, na noite desta terça-feira, 26, o relatório final do senador Renan Calheiros (MDB-AL). Além de Calheiros, votaram a favor do documento os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Eduardo Braga (MDB-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Humberto Costa (PT-PE). Os votos contrários foram dados por Marcos Rogério (DEM-RO), Jorginho Mello (PL-SC), Eduardo Girão (Podemos-CE) e Luis Carlos Heinze (PP-RS). O texto propõe o indiciamento de 80 nomes: 78 pessoas, entre elas o presidente Jair Bolsonaro e seus três filhos, e duas empresas, a Precisa Medicamentos e a VTCLog. Leia a reportagem completa da Jovem Pan.
20:00 – ‘Caos do governo Jair Bolsonaro entrará para a história como o mais baixo degrau da indigença civilizatório’, diz Renan
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, afirmou que seu relatório foi baseado em uma “apuração técnica”. Em sua exposição final, o emedebista voltou a criticar o governo Bolsonaro. “Fizemos apuração técnica e esse relatório não é fruto das minhas convicções pessoais. Fui, como prometi, o redator da vontade majoritária. vimos crimes aterradores, barbaridades desumanas, o escárnio com a vida e o desprezo com a dor. esse período será tristemente lembrado como de maior rebaixamento civilizatório do Brasil. Esse documento nos redime em parte, mas as atrocidades cometidas por esse governo não serão esquecidas”, disse. “O caos do governo Jair Bolsonaro entrará para a história como o mais baixo degrau da indigença civilizatório. Reúne o que há de mais rudimentar, infame da humanidade: sabotou a ciência, é desonesto, despreparado, autoritário, com índole golpista, belicoso, mentiroso e agiu como um missionário enlouquecido para matar o próprio povo”, acrescentou.
19:49 – Randolfe cita união do G7 nos trabalhos da comissão e diz: ‘A CPI foi frente ampla’
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) citou a união do G7, grupo formado por senadores do MDB, PT, PSD, PSDB e Rede, nos trabalhos da comissão e disse que “a CPI foi frente ampla quando nenhuma outra força política desse país teve capacidade de se juntar”. “Nos unimos, reunimos, enfrentamos, estivemos à altura do desafio civilizatório que a história nos empunha”, disse.
19:43 – Randolfe exibe declarações de Bolsonaro minimizando efeitos da pandemia e diz: ‘CPI foi motivada pela banalização do mal’
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) exibiu um vídeo com uma série de declarações do presidente Jair Bolsonaro minimizando os efeitos da pandemia de Covid-19 no Brasil. “Não foi eleição que motivou esta CPI. O que motivou esta comissão foi o mês de janeiro deste ano, quando vimos irmãos morrendo. O que clamou pela instalação dessa CPI foram as trágicas cenas de Manaus. O que clamou por essa CPI foi a perda de compatriotas de todas as classes sociais, foram as filas de desespero por cilindro de oxigênio, foi o choro dos órfãos que perderam os pais, o choro desesperado dos pais que perderam os filhos. Quantas mesas de jantares das famílias brasileiras estão incompletas por conta do descaso? Pelo menos 200 mil imrãos nossos poderiam estar entre nós. Quantos amigos parentes não poderiam estar nesse momento na sala de TV assistindo à conclusão destes trabalhos. O que motivou essa CPI foram as declarações de desrespeito aos mortes por parte daquele que, como maior mandatário dessa nação, deveria ter o dever constitucional de zelar e de ter empatia com os outros”, disse o vice-presidente da CPI. “O que motivou essa CPI foram declarações como essa, foi a banalização do mal”, seguiu.
19:18 – ‘Governo Bolsonaro é hipócrita, sim, porque faz propaganda com trabalho alheio’, diz senadora
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) terminou sua fala dizendo que o governo do presidente Jair Bolsonaro “é hipócrita, sim, porque faz propaganda com trabalho alheio”. A líder da bancada feminina na Casa também elencou uma série de declarações do chefe do Executivo federal colocando em xeque a eficácia das vacinas. “O governo diz agora que colocou vacina no braço do brasileiro, mas a CPI escancarou para o Brasil a verdade dos fatos”.
19:14 – Tebet relembra ataque machista de ministro da CGU e diz: ‘Há misoginia estrutural no país’
Em seu tempo de fala, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) relembrou o ataque machista feito pelo ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, quando de seu depoimento na CPI da Covid-19. Quando foi ouvido pelos senadores, Rosário disse que a emedebista estava “totalmente descontrolada”. “Há misoginia estrutural no país”, resumiu Tebet. “Somos constantemente interrompidas. Quando a mulher se exalta, tem coragem de dizer a verdade, todo mundo pede calma, mas não pedem calma para um senador. Dizem que a mulher é histérica, totalmente descontrolada ou, como fez o ministro da CGU, me pediu para que eu lesse todo o contrato da Covaxin de novo porque eu não teria entendido”, afirmou.
19:06 – Tebet rebate ataques de bolsonaristas nas redes sociais: ‘Vidas são muito mais importantes do que likes’
A senadora Simone Tebet (MDB-MS), líder da bancada feminina no Senado, comentou os ataques feitos por bolsonaristas nas redes sociais das parlamentares mulheres, que não integram a CPI da Covid-19. “Vidas são muito mais importantes do que likes”, disse a emedebista. Tebet também lembrou que, embora não tenham poder de voto no colegiado, coube a ela “arrancar” do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) o nome do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), agente político que teria sido citado pelo presidente Jair Bolsonaro como “dono do rolo” da compra da vacina Covaxin.
18:54 – Renan atende a pedido de Alessandro Vieira e retira Heinze da lista dos indiciados da CPI
Atendendo a um pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), retirou o nome do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) da lista dos indiciados pelo colegiado. “Faço o pedido muito mais por uma razão de mérito e uso para isso não o juridiquês, mas o dito mais popular possível: não se gasta vela boa com defunto ruim. Essa CPI fez um trabalho, prestou um trabalho muitíssimo relevante para o Brasil e não posso, a essa altura, colocar em risco nenhum pedaço desse serviço por conta de mais um parlamentar irresponsável”, disse Vieira. “Sem mais delonga, defiro o encaminhamento”, respondeu o emedebista.
18:39 – ‘CPI tentou responder por que o Brasil teve 4,5 vezes mais mortes que a média mundial’, diz senador
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) iniciou sua fala afirmando que os membros da CPI da Covid-19 fizeram história e que compuseram uma comissão “complexa e importante” que tentou responder por que o Brasil teve 4,5 vezes mais mortes causadas por coronavírus que a média mundial.
18:36 – Sessão é retomada
Fala, neste momento, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), líder da Minoria no Senado.
17:54 – Sessão é suspensa para votação no plenário
Discussão do relatório de Renan Calheiros (MDB-AL) é temporariamente suspensa. Antes da votação do parecer, ainda vão falar os senadores Jean Paul Prates (PT-RN), Zenaide Maia (PROS-RN), Leila Barros (Cidadania-DF), Simone Tebet (MDB-MS), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Omar Aziz (PSD-AM). Só assim o texto do emedebista será votado.
17:38 – Sessão será suspensa após fala de Fabiano Contarato; relatório será votado após ordem do dia do Senado
Fala, neste momento, Fabiano Contarato (Rede-ES). O parlamentar é o último inscrito antes da breve suspensão dos trabalhos da CPI para que os senadores possam votar projetos que estão na ordem do dia do Senado nesta terça-feira, 26. O relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) será votado na sequência.
17:20 – Após ser citado, senador rebate Flávio Bolsonaro: ‘Aparece aqui de vez em quando’
Em sua exposição, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) citou o senador Humberto Costa (PT-PE) e criticou o trabalho do parlamentar petista como coordenador do grupo de trabalho da CPI de apurar as denúncias sobre supostas denúncias em hospitais federais no Rio de Janeiro. Costa, que foi ministro da Saúde, pediu o direito de resposta e ironizou a presença esporádica do filho Zero Um do presidente da República nas sessões da comissão. “Queria saudar a presença esporádica e ocasional do ilustre senador que me antecedeu e que, diante da relevância, importância e da opulência de determinadas testemunhas, aparece aqui de vez em quando”, rebateu o petista. “Evidências [de irregularidades nos hospitais federais do Rio] nós não encontramos ainda, o Ministério Público vai investigar. Agora, indícios são muitos, inclusive da presença de milícias atuando e prestando serviços em hospitais no Rio”, acrescentou.
17:06 – Flávio Bolsonaro diz que senadores da CPI fazem ‘politicagem barata’
O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), uma das 79 pessoas que tiveram pedido de indiciamento feito pela CPI, disse que a comissão fez “politicagem barata”. Para o filho do presidente Jair Bolsonaro, o colegiado “não investigou fatos para chegar aos acusados, mas escolheu acusados e trabalhou incansavelmente para tentar incriminá-los”. O Zero Um também afirmou que percebe “um tom de vingança” na atuação do senador Renan Calheiros (MDB-AL).
16:56 – Líder do governo no Senado pede que Renan retire Heinze da lista de pedidos de indiciamentos
O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado, voltou a pedir ao seu correligionário, Renan Calheiros (MDB-AL), que retire o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) da lista de indiciados pela CPI da Covid-19. Mais cedo, atendendo a um pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Calheiros incluiu o parlamentar do PP e o imputou o crime de incitação ao crime, em razão da defesa de medicamentos comprovadamente ineficazes para o tratamento de pessoas infectados pelo coronavírus.
16:39 – ‘Queiroga rasga diploma para poder ficar sentado em uma cadeira de ministro’, diz senador
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) também criticou a postura do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, uma das pessoas que foi incluída na lista de pedidos de indiciamentos da CPI. “O Brasil, provavelmente, é um dos poucos países que não tem protocolo público de combate à Covid-19. E não tem porque o governo não quer que tenha. Poucos profissionais rasgam o seu diploma em troca de um cargo, como hoje faz Marcelo Queiroga. Rasga o conhecimento adquirido nas universdiades para poder ficar sentado em uma cadeira de ministro, quando muito claramente ele tem consciência de que a máscara, o distanciamento social e a vacinação são necessárias e que a desinformação do presidente mata. Ele sabe disso e falou disso sentado naquela cadeira [destinada ao depoente]. Mas sentado naquela cadeira, eu o alertei: chega uma hora em que o técnico tem que escolher se vale a pena, ou não, permanecer em um governo, porque a política impede a técnica. Ele escolheu permanecer no cargo e todos nós pagamos esse preço”, disse.
16:26 – Alessandro Vieira rebate governistas e diz: ‘Bolsonaro se esforçou diuturnamente para acelerar propagação do vírus’
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) utilizou a primeira parte de sua fala para rebater as declarações de senadores governistas que o antecederam. Há pouco, os senadores Eduardo Girão (Podemos-CE) e Marcos Rogério (DEM-RO) disseram que a CPI juntou “um amontoado de narrativas” e elaborou o relatório final. “O crime que encontramos foi fartamente demonstrado: o crime de epidemia com reusltado morte. É evidente que o presidente não criou o vírus, mas é tão evidente quanto que o presidente se esforçou diuturnamente para acelerar a propagação do vírus”, disse Vieira. “O presidente, de forma metódica, preparada e organizada, fez com que os brasileiros se protegessem menos, acreditassem na fantasia de remédios milagrosas, questionassem e desrespeitassem medidas de contenção básica que todos os outros países seguiram. Na distopia e no devaneio bolsonarista, todo o mundo está equivocado. Todos os governantes do mundo decidiram deixar morrer os seus compatriotas, deixar enfraquecer suas economias porque se recusavam a aceitar os remédios milagrosos que só aqueles seguidores fanáticos e iluminados pelo bolsonarismo encontram. A própria exposição didática já demonstra que isso não faz sentido. Enquanto no Brasil se retardava a compra de vacinas a pretextos ideológicos, ao redor do mundo se fazia corrida de vacinas. Isso foi foi mais do que comprovado”, acrescentou.
16:12 – Girão critica relatório da CPI e ironiza: ‘Já vi de tudo no Senado, até eleição do Senado ter 82 votos e apenas 81 senadores’
O senador Eduardo Girão endossou as críticas de Marcos Rogério (DEM-RO) e afirmou que o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) é “um amontoado de narrativas”. Parlamentar de primeiro mandato, Girão ainda ironizou os trabalhos da CPI e citou um episódio que ocorreu em fevereiro de 2019, na eleição para a Presidência do Senado. “Eu já vi de tudo aqui, em dois anos e nove meses de Senado. Na eleição para a Presidência do Senado, tivemos 82 votos, mas só 81 votam. Até hoje esse caso não foi esclarecido. Eu vi de tudo no Senado, mas vi de tudo nessa CPI. Antes de ser eleito, eu acompanhava o trabalho de vocês pela televisão e não vi, em outras CPIs, a agressividade que tivemos aqui, com abuso de autoridade”, afirmou o senador do Ceará.
16:00 – Governista diz que CPI insistiu em ‘narrativas’ e chama relatório de ‘fake news’
O senador Marcos Rogério (DEM-RO) voltou a dizer que a CPI da Covid-19 insistiu “em narrativas” porque os parlamentares do G7 não conseguiram encontrar indícios de crimes por parte do governo federal. Na avaliação do governista, o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) é uma “fake news judicial”.
15:36 – Sessão é retomada
Depois de um intervalo de mais de uma hora, a sessão é retomada. Fala, agora, o senador Rogério Carvalho (PT-SE).
14:15 – Votação do relatório ocorrerá na noite desta terça-feira
Antes de suspender a sessão, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), falou sobre o cronograma de votação da sessão desta terça-feira, 26. A reunião será retomada às 15h e será mantida até às 17h. A pedido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), os senadores votarão um projeto até às 18h30, quando os membros da CPI voltam para a reta final da audiência. Para ser aprovado, o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) precisa de, no mínimo, seis votos.
14:13 – Omar Aziz suspende sessão para intervalo
O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), suspendeu a sessão por uma hora para um breve intervalo.
14:09 – ‘Renan tem 13 inquéritos no STF e quer enquadrar o Heinze, que é ficha-limpa?’, questiona governista
O senador Jorginho Mello (PL-SC) voltou a criticar o senador Renan Calheiros (MDB-AL), com quem já bateu boca em uma das sessões da CPI. “O senador Renan não é exemplo para ninguém no Brasil. O Renan tem 13 inquéritos no STF e quer enquadrar o Heinze, que é um homem ficha-limpa? Isso não é possível. Essa CPI vai cometer um ato do qual todos nós vamos nos arrepender. Agora o Heinze tá indiciado? Que brincadeira é essa?”, questionou Mello. “O senador Renan fez um trabalho bastante profundo nessa investigação. O trabalho que ele fez é para que façamos justiça”, rebateu o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM).
14:00 – Jorginho Mello diz que CPI teve ‘foco político’ e não ‘moveu um músculo’ para apurar possível corrupção em Estados
O senador Jorginho Mello (PL-SC), integrante da tropa de choque governista na CPI, iniciou sua fala afirmando que a comissão teve um “foco político” e não “moveu um músculo” para apurar possíveis desvios de recursos enviados pela União a Estados e municípios. O parlamentar do PL disse aguardar que a Procuradoria-Geral da República (PGR) arquive o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL). “Avalie e veja que não tem crime. Não tem evidência, não tem crime, especialmente em relação ao presidente da República”, avaliou Mello. A CPI pediu o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por nove crimes: prevaricação; charlatanismo; epidemia com resultado morte; infração a medidas sanitárias preventivas; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documentos particulares; crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade.
13:52 – Tasso: ‘CPI segurou e controlou aquilo que o governo vinha fazendo sem nenhum tipo de escrúpulo’
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), titular da comissão, afirmou que a CPI da Covid-19 alcançou “um grande tento” ao segurar e controlar “aquilo que o governo vinha fazendo sem nenhum tipo de escrúpulo”. “Aquele governo que vinha em uma marcha criminosa e galopante, as instsituições brasileiras, atráves desta CPI, criaram um contraponto poderoso aos males que o governo vinha impondo ao Brasil. O governo não estava mais sozinho, fazendo o que queria, agindo de forma negacionista. Apareceu a CPI. E essa CPI, posso dizer com toda a tranquilidade, segurou e controlou aquilo que o governo vinha fazendo sem nenhum tipo de escrúpulo. É deste contraponto poderoso que conseguimos fazer com que, mesmo contra as ideias do governo, tenhamos uma vacinação que é referência no mundo todo. Hoje, 52% estão totalmente imunizados. Se alguém estranhar que estou dizendo que a vacinação era contra os princípios do governo, basta olhar que há dois, três dias, o presidente [Jair Bolsonaro] espalhou uma criminosa notícia falsa”, disse o tucano. Na live da quinta-feira, 21, o chefe do Executivo federal afirmou que vacinados contra a Covid-19 estão desenvolvendo AIDS. A transmissão ao vivo foi derrubada pelo Facebook, pelo Instagram e pelo YouTube.
13:25 – Otto cita paciente que se insurgiu contra Prevent Senior e diz: ‘Você é um brasileiro herói’
O senador Otto Alencar (PSD-BA) citou o senhor Tadeu Frederico Andrade, segurado da Prevent Senior, que procurou a CPI da Covid-19 para denunciar a prática da empresa. Quando depôs à comissão, o advogado de 65 anos relatou uma pressão de médicos da companhia para que ele fosse retirado da UTI e transferido para os cuidados paliativos, a fim de reduzir custos. De acordo com o depoimento, havia, inclusive, a orientação para que ele não fosse reanimado em caso de parada cardíaca. “Seria ministrado em mim uma bomba de morfina e todos os meus equipamentos de sobrevivência, na UTI, seriam desligados. Se eu tivesse parada cardíaca, havia a recomendação para não haver reanimação”, relatou.
“O senhor Tadeu tomou a iniciativa de vir aqui para denunciar o crime que aconteceu na Prevent Senior em São Paulo. Quero fazer uma homenagem, em nome dele, a todos os que se insurgiram para não receber medicamento ineficaz. Tadeu, você é um brasileiro herói, que não aceitou o tratamento paliativo, quando poderia sobreviver. E sobreviveu. Na minha longa vida pública, de 35 anos, esses seis meses [de CPI] foram os mais duros, mais tensos e mais difíceis da minha vida. Até porque, contraí a doença, fiquei em minha residência, não precisei de hospitlização porque a ciência venceu a doença. Ela é vencida pela vacinação, não pelo tratamento ineficaz que o presidente da República, de forma criminosa, divulgou pelo Brasil inteiro”, disse Otto.
13:12 – Otto fala sobre grupo de WhatsApp do G7 e agradece senadores: ‘Obrigado a todos que se consideraram meus filhos e de Tasso
Decano da CPI da Covid-19, o senador Otto Alencar (PSD-BA) falou sobre o grupo de WhatsApp do G7, chamado de “Filhos de Otto e Tasso”, e agradeceu aos demais membros do bloco majoritário. “No nosso grupo interno, onde discutimos as questões do andamento da CPI, Vossa Excelência [Randolfe] colocou Filhos de Otto e Tasso. Quero agradecer a todos aqueles que se consideraram meus filhos e de Tasso, porque me ouviram permanentemente, pela minha experiencia e de Tasso. Inclusive ontem, quando tivemos uma reunião muito longa que terminou uma hora da manhã”, disse Otto. “A atuação de Vossa Excelência na noite de ontem fez jus ao nome que foi dado ao grupo”, elogiou Randolfe. Alencar costurou um acordo para que os nomes do governador do Amazonas, Wilson Lima, e do ex-secretário de Saúde do Estado Marcellus Campêlo, fossem incluídos no parecer do relator, Renan Calheiros (MDB-AL). “Foram discussões para encontrarmos uma solução. Em um colegiado com pensamentos diferente, sempre acontecem divergências, mas a conclusão sempre foi pelo bem da CPI”, prosseguiu o parlamentar da Bahia.
12:51 – ‘Pazuello é um dos maiores criminosos desta pandemia’, diz senador
No trecho final de sua fala, o senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello é “um dos maiores criminosos desta pandemia”. Quando o general do Exército assumiu a pasta, o Brasil tinha 15.633 mortes causadas pela crise sanitária. Quando foi exonerado, o país se aproximava dos 280 mil óbitos. Mesmo assim, quando depôs à CPI, Pazuello foi questionado sobre seu sentimento após ter sido demitido do cargo e afirmou que tinha a sensação de “missão cumprida”. “Eu perguntei a Pazuello ‘qual é a sua sensação depois de ter saído do governo?’. Ele disse ‘dever cumprido’. Ele certamente não cumpriu o dever dele e ainda hoje deve dormir mal. Mas nós aqui, posso dizer com toda a certeza, cumprimos o nosso dever com o Brasil”, disse Costa.
12:23 – Renan anuncia pedidos de indiciamento; confira lista
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) anuncia, neste momento, os pedidos de indiciamento incluídos em seu relatório. No total, são 79 pessoas e duas empresas (Precisa Medicamentos e VTCLog). Confira a lista: o presidente Jair Bolsonaro; o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello; o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo; o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni; o ministro da Defesa, Walter Braga Netto; o ministro da CGU, Wagner Rosário; o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ); o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS); os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Carla Zambelli (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF), Carlos Jordy (PSL-RJ), Osmar Terra (MDB-RS) e o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR); o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ); o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson; o ex-chefe da Secom Fábio Wajngarten; a secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro, a “capitã cloroquina”; o ex-diretor de Logística da Saúde Roberto Ferreira Dias; Roberto Goidanich, ex-presidente da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag); Helio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde; Heitor Freire de Abreu, ex-subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil.
Também estão na lista Filipe Martins, assessor especial para Assuntos Internacionais do presidente da República; Tércio Arnaud Tomaz, assessor especial da Presidência da República; Arthur Weintraub, ex-assessor da Presidência e apontado como mentor do “gabinete paralelo”; Airton Antônio Soligo, ex-assessor do Ministério da Sáude; Élcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde; Alex Lial Marinho, ex-coordenador de Logística da Saúde; Marcelo Bento Pires, ex-assessor da Saúde; Helcio Bruno, do Instituto Força Brasil; Thiago Fernandes da Costa, servidor da Saúde que atuou no caso Covaxin; Regina Célia de Oliveira, fiscal de contrato da Covaxin; o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC); o ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campêlo; os empresários Carlos Wizard, Luciano Hang, Francisco Maximiano, da Precisa; do ex-diretor da Anvisa José Ricardo Santana; a diretora da Precisa Emanuela Medrades; o advogado Marcos Tolentino, apontado como sócio oculto do FIB Bank; o empresário Otávio Fakhoury; os donos da Prevent Senior, Eduardo Parrillo e Fernando Parrillo; o diretor-executivo da operadora, Pedro Batista Júnior; os sócios da VTCLog, Raimundo Nonato Brasil, Carlos Alberto Sá e Tereza Cristina de Sá; a diretora-executiva da VTCLog, Andreia Lima; o diretor da Precisa Danilo Trento; o empresário José Alves, dono da Vitamedic; os médicos Luciano Dias Azevedo, Nise Yamaguchi, Paolo Zanotto, apontados como membros do “gabinete paralelo”; Flávio Cadegiani, que fez estudo com a proxalutamida; Daniela de Aguiar Moreira, Paola Werneck, Daniel Arrido Baena, João Paulo Barros, Fernanda Igarashi, Carla Guerra, Rodrigo Esper e Fernando Oikawa, da Prevent; Mauro Luiz de Brito Ribeiro, presidente do Conselho Federal de Medicina; e Antonio Jordão, presidente da Associação Médicos pela Vida.
Por fim, também estão na lista Túlio Silveira, representante da Precisa; Rafael Alves, José Odilon Torres da Silveira Júnior, Cristiano Carvalho, Marcelo Blanco da Costa, Luiz Paulo Dominguetti e Amilton Gomes de Paula, intermediários no caso Davati; o lobista da Precisa Marconny Albernaz de Faria; os blogueiros Allan dos Santos, Paulo Eneas, Bernardo Kuster, Osvaldo Eustáquio e Leandro Ruschel; o artista gráfico Richard Pozzer, suspeito de disseminar notícias falsas; e as empresas Precisa Medicamentos e VTCLog.
12:10 – Alessandro a Marcos Rogério: ‘Daqui a pouco o senhor faz teu show’
Os governistas contestaram o pedido de indiciamento do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) pela disseminação de notícias falsas, mas o pleito do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) foi acatado pelo relator, Renan Calheiros. “Heinze foi alertado reiteradas vezes, já representei contra ele no Conselho de Ética”, disse Vieira, que foi interrompido pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO). “Aguarde um momento, senador Marcos Rogério. Daqui a pouco o senhor faz teu show”, disparou o parlamentar do Cidadania. “Quem dissemina notícias falsas, ataca a saúde dos brasileiros. Isso é o centro do que estamos fazendo aqui no tocante ao presidente da república. A regra que vale lá, vale cá”, justificou Vieira.
11:58 – Renan anuncia pedido de indiciamento de Heinze
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) anunciou a inclusão do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) como 81º nome indiciado pela CPI da Covid-19. O emedebista atendeu a um pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). “O que ele [Heinze] fala repercute na vida das pessoas. Esses dados que ele repete [sobre tratamento precoce] são falsos, mas infelizmente o eleitor do Heinze no interior do Rio Grande do Sul vai entender que é verdadeiro, porque ele vai abrir a internet e vai ver o Heinze repetindo todos os dias isso sem nenhuma reprimenda. A CPI pediu o indiciamento do presidente da República, do líder do governo, não pode fechar os olhos com relação ao comportamento do colega senador, que repete reiteradamente a mentira como forma de desinformar o cidadão”, disse Vieira.
“Pela maneira como, apesar das advertências, o senador Heinze reincidiu e apresentou estudos falsos, negados pela ciência, e pela maneira como incitou o crime em todas as sessões, quero dar um presente a Vossa Excelência: será o 81º indiciado desta CPI”, afirmou Calheiros. Na sequência, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), pediu uma “nova reflexão” ao colega de partido. “Uma atitude dessa parece ser coisa precipitada e uma decisã acalorada”, afirmou Bezerra. “O senador Heinze tentou trazer elementos para justificar sua posição [sobre o tratamento precoce]. Podemos criticar, podemos não concordar, mas não se pode deixar de dar mérito ao Heinze pela sua dedicação à CPI”, acrescentou o líder governista.
11:53 – Heinze se queixa de CPI não ter investigado suposto ‘bioterrorismo’ sobre origem da Covid-19
O senador Luis Carlos Heinze também afirmou que a CPI da Covid-19 “não quis saber o que realmente aconteceu em Wuhan”, cidade chinesa onde surgiu o novo coronavírus. O parlamentar governista disse que a origem do vírus é “duvidosa” e se queixou da comissão não ter investigado as supostas suspeitas do que chamou de “bioterrorismo”. Heinze também afirmou que foi “ironizado” ao longo dos trabalhos do colegiado, mas, mesmo assim, manteve sua “coerência”.
11:47 – Heinze defende tratamento precoce e é criticado pela cúpula da CPI
Na leitura de seu voto em separado, o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) voltou a defender o tratamento precoce, sua principal tese desde o início dos trabalhos da CPI. Os medicamentos do chamado “kit-Covid” são comprovadamente ineficazes. A fala do parlamentar gaúcho gerou reação do presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), e do relator, Renan Calheiros (MDB-AL). “O senhor continua batendo nesta tecla, senador? O senhor pode falar, mas isso aí não bate na cabeça de ninguém”, disse Aziz. “Depois do presidente [Bolsonaro] dizer que vacinda da Covid-19 causa AIDS, vem isso aí, Heinze?”, questionou Calheiros. “Aí não dá”, insistiu Aziz. Em outro trecho de sua fala, Heinze chamou os senadores do G7 de “ajudantes de ordens de Renan”.
11:40 – Senadores debatem rito de votação do relatório
Antes da leitura do último voto em separado, que será apresentado pelo senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), os senadores passaram a debater o rito do último dia da CPI da Covid-19. Após a fala de Heinze, haverá discussão sobre o parecer do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que imputa ao presidente Jair Bolsonaro nove crimes (prevaricação, epidemia com resultado morte e crimes de responsabilidade, por exemplo), e dos textos de três parlamentares governistas. Depois disso, o emedebista consolida seu relatório, que será votado. Para ser aprovado, são necessários os votos de, no mínimo, seis senadores.
11:29 – Marcos Rogério diz que ‘governo não pode ser acusado de omissão’
O governista Marcos Rogério (DEM-RO) é o segundo a apresentar seu voto em separado. Em seu tempo de fala, o parlamentar afirmou que o governo do presidente Jair Bolsonaro “não pode ser acusado de omissão” e que o grupo majoritário da CPI da Covid-19 tinha como objetivo responsabilizar o chefe do Executivo federal pela pandemia por motivos político-eleitoreiros.
11:20 – CPI aprova quebra de sigilo dos perfis de Bolsonaro nas redes sociais
A CPI da Covid aprovou, nesta terça-feira, 26, um requerimento de quebra do sigilo telemático do presidente Jair Bolsonaro. O pedido será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR). No ofício, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão, pede para que Google, Facebook e Twitter forneçam algumas informações, entre elas, dados cadastrais, registros de conexão, cópia integral dos conteúdos armazenados pelas plataformas e informações de acessos e relativas a todas as funções administrativas e de edição. Rodrigues também quer que as empresas suspendam o acesso às contas do presidente em todas essas redes sociais.
11:07 – Girão pede rejeição de relatório de Renan
Na conclusão da leitura de seu voto em separado, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) defendeu a rejeição do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e pediu outras providências: indiciamento do secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, por organização criminosa, improbidade administrativa, fraude em licitação e corrupção passiva; o aprofundamento das investigações sobre a atuação de pessoas envolvidas com o caso Covaxin, como Marcos Tolentino, Francisco Maximiano, Danilo Trento, Roberto Pereira Ramos e Túlio Silveira, e no caso Davati, como Luiz Paulo Dominguetti, Cristiano Carvalho, Roberto Ferreira Dias, Regina Célia, Marcelo Blanco e Amilton Gomes de Paula.
11:00 – Girão: ‘Médicos sofreram o mais cruel ataque à sua autonomia’
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) utiliza seu tempo de fala para reforçar uma de suas bandeiras desde o início dos trabalhos da CPI. De acordo com o parlamentar, “os cientistas estão dividos e acuados por uma infeliz politização do tratamento precoce”. Ao longo das sessões, Girão defendeu o uso de medicamentos do chamado “kit-Covid”, comprovadamente ineficazes para o tratamento de pessoas infectadas com o novo coronavírus. “Os médicos sofreram o mais cruel ataque à sua autonomia”, afirmou o integrante da CPI. Ele acrescentou que “a CPI chega ao fim com a necessidade de aprofundar as investigações” sobre diversos casos, entre eles, o da tentativa de venda de vacinas que não existiam pela empresa Davati Medical Supply.
10:50 – Aziz a Girão: ‘Covardia não fez parte da direção da CPI’
No início da leitura de seu voto em separado, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) disse que a cúpula da CPI da Covid-19 se acovardou e não investigou eventuais desvios de recursos enviados pelo governo federal a Estados e municípios – por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), os governadores não puderam ser convocados. A afirmação do parlamentar gerou reação do presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM). “A única coisa que essa CPI não teve, por parte da grande maioria [da comissão], foi se acovardar diante dos fatos. Apesar de toda a massificação de robôs para destruir reputação e disseminar fake news, não arredamos o pé um minuto de investigar”, disse. “A covardia não fez parte da direção desta CPI. A gente discorda de posicionamentos, mas dizer que nos acovardmos, não. Covardia é uma palavra que não cabe na minha história nem na história de outros companheiros dessa comissão”, seguiu.
10:40 – Contarato faz apelo por indiciamento de Bolsonaro por genocídio de indígenas
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) pediu ao senador Renan Calheiros (MDB-AL) que inclua em seu relatório o pedido de indiciamento do presidente Jair Bolsonaro pelo crime de genocídio de indígenas. “Aqui nesta CPI vigora o princípio do in dubio pro societate. Eu tenho que proteger a sociedade. Se o Ministério Público entender que o crime contra a humanidade absorve o genocídio de povos indígenas, perfeito. Eu estarei aqui, como defensor da democracia, atendendo. Faço este último apelo: coloque o genocídio de indígenas no relatório de Vossa Excelência, porque mais de 1.200 indígenas perderam a vida”, disse Contarato. “É uma política anti-indigienista o que o governo federal tem feito. Com a Covid-19, ele só agravou e tem a digital na morte desses nossos irmãos”, acrescentou.
10:35 – Eduardo Braga retira voto em separado; Girão pede inclusão de outros governadores
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) retirou seu voto em separado, que acolhia a íntegra do parecer do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e pedia o indiciamento do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) e do ex-secretário de Saúde do Estado Marcellus Campêlo. A inclusão foi feita por Calheiros. Na sequência, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), integrante da tropa de choque governista na CPI, pediu à cúpula da comissão que incluísse governadores de outros Estados, como Pará e Santa Catarina, e do secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Eduardo Gabas. “Por questão de coerência, isonomia e justiça”, justificou.
10:33 – Aziz sobre live de Bolsonaro: ‘Presidência não é cargo de boteco’
No início da sessão, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), falou sobre a live da quinta-feira, 21, na qual o presidente Jair Bolsonaro disseminou uma notícia falsa e afirmou que pessoas vacinadas contra a Covid-19 estão desenvolvendo AIDS – a transmissão ao vivo foi retirada do ar pelo Facebook, pelo Instagram e pelo YouTube. “É muito grave o que foi colocado pelo presidente. O Congresso tem que se posicionar em relação a isso. A Presidência é uma instituição. A Presidência não é cargo de boteco, em que voce fala o que quer tomando cerveja e comendo churrasquinho. O presidente da república, que se reporta ao povo baseado em um estudo que não tem cabimento nenhum e fala uma coisa dessas quando estamos implorando para a população se vacinar, veja bem. Tem gente ainda que diz para mim ‘será que a PGR vai engavetar?’. Os fatos são maiores do que qualquer argumento que se possa escrever. São provas que foram dadas à população brasileira”, disse Aziz.
10:26 – Sessão é aberta
Presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), abre sessão desta terça-feira, 26.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.