Aras expõe no WhatsApp pedido de Guedes para não depor à PF
Interlocutor pediu que o PGR recebesse o advogado do ministro; Guedes deve depor em inquérito que investiga Renan Calheiros
O procurador-geral da República, Augusto Aras, publicou, sem querer, uma mensagem em que recebeu um pedido para dispensar o depoimento do ministro da Economia, Paulo Guedes, à Polícia Federal. O conteúdo foi divulgado no status do magistrado no Whatsapp, onde as publicações ficam disponíveis por 24 horas. Ele apagou alguns minutos depois. Na mensagem, um interlocutor pede que Aras receba o advogado de Guedes para tratar do assunto. “Seria possível receber o advogado do Paulo Guedes, dr. Ticiano Figueiredo por 5 minutos? Assunto: possível dispensa de Paulo Guedes, junto à PF, em processo investigativo contra Renan Calheiros”, diz o texto. O PGR, então, responde: “Sim. Falaremos por celular e ajustaremos”.
Em nota, a Procuradoria-Geral da República confirmou o teor das mensagens e afirmou que “trata-se de pedido de audiência recebido pelo procurador-geral da República com resposta indicando que seriam tomadas as providências para checar a viabilidade de futura agenda.” Guedes foi intimado a depor no inquérito que investiga o senador Renan Calheiros por supostas fraudes no fundo de pensão dos Correios. No último dia 12, a defesa do ministro pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão da oitiva.
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