Barroso se despede da presidência do STF exaltando ‘preservação do Estado de Direito’

Emocionado, ministro conduziu nesta quinta (25) sua última sessão à frente da Corte, antes de ser substituído por Edson Fachin; o decano Gilmar Mendes declarou que ‘democracia passou incólume por prova de fogo’

  • Por da Redação
  • 25/09/2025 17h47 - Atualizado em 25/09/2025 17h48
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Luiz Silveira/STF Luís Roberto Barroso conduz sua última sessão como presidente do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso conduz sua última sessão como presidente do Supremo Tribunal Federal sessão plenária do STF - 25/09/2025

O ministro Luís Roberto Barroso encerrou nesta quinta-feira (25) seu mandato de dois anos como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua última sessão à frente da Corte, ele destacou, visivelmente emocionado, que o tribunal foi decisivo para a preservação da democracia e dos direitos fundamentais, mesmo diante de pressões e do desgaste provocado por julgamentos de temas polarizadores.

Barroso agradeceu aos colegas e afirmou que o STF cumpriu “com custo pessoal aos ministros” o papel de “preservar o Estado de Direito”. Ele ressaltou que, desde a Constituição de 1988, o país vive em estabilidade institucional, com liberdade de imprensa e respeito aos direitos das minorias. O magistrado defendeu também a busca pela pacificação política, baseada no respeito às diferenças.

O decano Gilmar Mendes prestou homenagem emocionada ao colega e lembrou o julgamento da tentativa de golpe de 2022, classificando-o como “o maior assalto contra a democracia na história recente”. Segundo ele, a condenação de um ex-presidente e de militares de alta patente é um episódio raro no mundo e só foi possível graças à firmeza da Corte. “A democracia brasileira passou incólume por mais essa prova de fogo”, declarou. Mendes destacou ainda o papel do ministro Alexandre de Moraes no processo.

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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o advogado-geral da União, Jorge Messias, também exaltaram a condução de Barroso no período marcado por ataques às instituições e pela resistência do Judiciário. Ele deixa o cargo na próxima segunda-feira (29), quando será sucedido pelo ministro Edson Fachin. Alexandre de Moraes assumirá a vice-presidência do Supremo.

Publicado por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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