Bolsonaro diz ser ‘inadmissível’ aborto legal de criança de 11 anos estuprada em SC

Presidente se manifestou sobre o caso de uma menina vitima de abuso sexual; juíza havia impedido que a garota realizasse a interrupção da gestação

  • Por Jovem Pan
  • 23/06/2022 21h56 - Atualizado em 23/06/2022 22h17
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ANTONIO MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 07/10/2021 O presidente Jair Bolsonaro falando em microfone com uma bandeira do Brasil ao fundo Jair Bolsonaro se posicionou de maneira contrária à interrupção da gravidez da criança de 11 anos que foi estuprada na região metropolitana de Florianópolis

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi às redes sociais para se manifestar de maneira contrária à realização de um aborto por parte de uma menina de 11 anos. A criança sofreu um abuso sexual no início do ano e lutava na Justiça para que a interrupção da sua gestação fosse realizada. Em sua publicação, o mandatário considerou ser “inadmissível” tirar a vida de um “ser indefeso”. O chefe do Executivo também alegou que a “única certeza sobre a tragédia da menina grávida de 7 meses é que tanto ela quanto o bebê foram vítimas, almas inocentes, vidas que não deveriam pagar pelo que não são culpadas”, porém, no entendimento do comandante do Planalto, a criança deve ser protegida “do assédio maligno de grupos pró-aborto”. Bolsonaro ratificou que trata-se de um tema “sensível”, mas que “tirar uma vida inocente, além de atentar contra o direito fundamental de todo ser humano, não cura feridas nem faz justiça contra ninguém, pelo contrário, o aborto só agrava ainda mais esta tragédia”, argumentou.

Entenda o caso

A fala do mandatário refere-se a uma criança de 11 anos que sofreu abusos sexuais e engravidou, na região metropolitana de Florianópolis. Após procurar a unidade hospitalar, o local afirmou que não faria a interrupção da gravidez por conta do estágio avançado da gestação. Na Justiça, a juíza responsável pelo caso, Joana Ribeiro Zimmer, enviou a menina a um abrigo para que a mesma não operasse “algum procedimento para operar a morte do bebê”. Em seu despacho, a magistrada posicionou-se de maneira favorável à continuidade da gestação pela criança e perguntou se ela aguentaria ficar mais “uma ou duas semanas” com o feto para que o mesmo tivesse maiores chances de sobrevivência. “Você suportaria ficar mais um pouquinho?”, questionou Zimmer, que se ausentou do caso.

 

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