Câmara de SP aprova abertura de processo contra Camilo Cristófaro por fala racista
Plenário da Casa optou de maneira unânime pelo andamento da ação, com 51 votos favoráveis e nenhum contrário; vereador terá de apresentar sua defesa na Corregedoria
O plenário da Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou a admissibilidade de um processo disciplinar contra o vereador Camilo Cristófaro (Avante) na Corregedoria da Casa. O avanço da medida ocorreu de maneira unânime entre os parlamentares, com 51 votos favoráveis e nenhum contrário. O presidente da Câmara, vereador Milton Leite (União Brasil), afirmou que a Casa “deixou muito claro a sua posição hoje, em uma votação unânime dos presentes aqui, altamente expressiva, o que significa dizer que a Câmara está dizendo não ao racismo”. A ação refere-se a uma fala racista proferida pelo parlamentar durante uma reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Aplicativos. Na ocasião, o político alegou que não lavar a calçada era “coisa de preto”.
Nomeada relatora do processo, a vereadora Elaine Mineiro, do Mandato Coletivo Quilombo Periférico (PSOL), argumentou que o “relatório aponta que esse é um caso de cassação”, porém, Cristófaro deverá apresentar a sua defesa. Após aprovar a admissibilidade do processo, a ação volta para a Corregedoria, onde o vereador Camilo Cristófaro terá de apresentar a sua defesa e um novo relator para o caso será selecionado. O parlamentar poderá ser absolvido, suspenso ou ter seu mandato cassado. Para que deixe de ser vereador, serão necessários 37 votos no plenário da Câmara, ou seja, dois terços dos vereadores. “Essa Casa já deu uma resposta quando abriu esse processo porque diz que de fato cenas como essa não vão mais passar impunes aqui nesse espaço”, argumentou Elaine.
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