Carla Zambelli depõe à Polícia Federal nesta segunda, mas pode ficar em silêncio

Depoimento está marcado para acontecer em São Paulo, às 14 horas; no entanto, defesa alega que a parlamentar ficará em silêncio, caso não sejam fornecidas cópias de todos os inquéritos

  • Por Jovem Pan
  • 07/08/2023 07h56
MATEUS BONOMI/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO Carla Zambelli na coletiva DF - BRASÍLIA, COLETIVA CARLA ZAMBELLI - POLÍTICA - DF - BRASÍLIA - 02/08/2023 - BRASÍLIA, COLETIVA CARLA ZAMBELLI - A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) realiza coletiva após a Polícia Federal realizar buscas e apreensões no seu apartamento funcional e em seu gabinete quarta-feira, 02 de agosto. A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que também determinou apreender o passaporte da parlamentar e dinheiro e bens acima de R$ 10 mil.Foto: Mateus Bonomi/AGIF 02/08/2023

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) deve depor à Polícia Federal nesta segunda-feira, 7, às 14h, em São Paulo, após ser acusada de contratar o hacker Walter Delgatti Neto para invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e outros 11 alvarás de soltura falsos nos sistemas do Poder Judiciário. Em nota, o advogado Daniel Leon Bialski, que representa Zambelli, afirmou que a deputada pode ficar em silêncio durante a oitiva. Segundo ele, embora a parlamentar queira ser ouvida “justamente por não ter cometido ou participado de qualquer ilicitude”, por orientação da defesa técnica ela não responderá perguntas “até que sejam fornecidas cópias de todo o inquérito e das cautelares”. Até a última sexta-feira, 4, o advogado alegava não ter acesso ao inquérito. Como o site da Jovem Pan mostrou, a parlamentar foi alvo de mandados de busca e apreensão na última quarta-feira, 2, com seu gabinete na Câmara dos Deputados sendo um dos endereços vasculhados por agentes. A operação também prendeu o Walter Delgatti Neto, que já tinha duas passagens pela cadeia por vazar mensagens de integrantes da operação Lava Jato, episódio conhecido como “Vaza Jato”. O hacker já afirmou em depoimento anterior que a parlamentar queria contratá-lo para tentativa de invasão de urnas eletrônicas e de grampear Moraes.

 

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